Nesta relata-se e pinta-se a realidade de o que outrora foi uma Romaria de dimensões ímpares em Portugal.
Ao contrário de outros concelhos Minhotos, que muito ganham com o facto, Guimarães deixou cair (digam o que disserem) estas manifestações étnicas e culturais. Por causa disso, perdem-se além de muito dinheiro, imensas oportunidades de promoção a nível turístico e não só.
"Ao escrever-lhe o título de algazarra e festival, sinto-o a puxar violentamente na minha pena, como um foguete impetuoso, que quer, subindo, ir pr oclamar, bem alto, a grandeza magnífica do seu arraial; a gloriosa, tumultuosa, atropelada animação dos seus devotos, postos a caminhar horas e horas, léguas e léguas, para alcançarem o santinho incorrupto, que, sobre todos os discutíveis milagres que se lhe atribuem, um, imenso, anualmente realiza : esse jocundo milagre da sua festa colossal de multidão, que é um hino vivo e descomunal de alegria."
"Pois mesmo no Minho, neste verde Minho que me acolhe e delicia uma vez mais no seu regaço de fartura, nenhuma outra das suas festas mais célebres leva a palma ao São Torcato: nem a Senhora do Porto de Ave, nem a Abadia nem o Sameiro, nem o São Bento da Porta Aberta, nem a Peneda, nem, ainda que se lhe aproximem, o São João de Braga ou a Agonia em Viana."
"Que bemdita sejas, jovial heroina da chula e da desgarrada ! Bemdito teu peito moço, arca inesgotável de som ! Bemdita a tua boca vermelha e gaiata, boceta de rimas fáceis e toadas ligeiras ! Bemditas tuas pernas rijas e trigueiras de andarilha e bailadeira ! Beindita a primavera de todo o teu corpo, ainda sem noivado, que devias conservar assim puro e viçoso, sem amores que te emurcheçam a voz insinuante, e sem nunca passares dos teus dezoito anos infatigáveis!"
"Pois mesmo no Minho, neste verde Minho que me acolhe e delicia uma vez mais no seu regaço de fartura, nenhuma outra das suas festas mais célebres leva a palma ao São Torcato: nem a Senhora do Porto de Ave, nem a Abadia nem o Sameiro, nem o São Bento da Porta Aberta, nem a Peneda, nem, ainda que se lhe aproximem, o São João de Braga ou a Agonia em Viana."
"Que bemdita sejas, jovial heroina da chula e da desgarrada ! Bemdito teu peito moço, arca inesgotável de som ! Bemdita a tua boca vermelha e gaiata, boceta de rimas fáceis e toadas ligeiras ! Bemditas tuas pernas rijas e trigueiras de andarilha e bailadeira ! Beindita a primavera de todo o teu corpo, ainda sem noivado, que devias conservar assim puro e viçoso, sem amores que te emurcheçam a voz insinuante, e sem nunca passares dos teus dezoito anos infatigáveis!"
é muito boa romaria... obrigatório para qualquer minhoto visitar...
ResponderEliminaro santuário ainda continua com as obras por acabar?
Meu amigo! Finalmente já acabaram as obras!
ResponderEliminar"Ao contrário de outros concelhos Minhotos, que muito ganham com o facto, Guimarães deixou cair (digam o que disserem) estas manifestações étnicas e culturais."
ResponderEliminarNão podia deixar, depois de ler esta frase e de ver tão saudosos cartazes, de reflectir um pouco sobre as festas da Senhora D'Agonia que julgo também estarem incluídas no rol das "que ganham com o facto". Mas pergunto eu...até quando? Não sei se os leitores deste blog já tiveram a oportunidade de ver o cartaz deste ano, mas ele reflecte bem a decadência moral, ética e estética de que este país sofre actualmente. Para além da qualidade miserável da elaboração, a cereja no topo do bolo foi a escolha infeliz da modelo que é, nada mais nada menos, que neta de um dos membros da organização. Fica a pergunta no ar: depois de peças tão belas elaboradas pela mão do nosso Couto Viana, é deste tipo de publicidade que precisamos?
Ola Vianeta,
ResponderEliminarO cartaz de Senhora da Agonia não nos passou ao lado. Fique sabendo que dois dos autores deste blogue viveram em Viana por terem estudado no IPVC.
Sendo assim, e como a cidade em que se estuda será para sempre uma cidade no coração, sinto também estas festas (que presenciei várias vezes e continuo sempre que posso) um pouco como minhas.
De facto a polémica do cartaz é um claro hino á cunha e á prepotência.
A Agonia, hoje como romaria principal do Minho tem de primar por outro tipo de orientação que não estas tristes manifestações de compadrio.
Mas quanto á preservação das festas, estas não tem problema.
As maiores festas estão a ficar cada vez maiores e as mas pequenas cada tendem a desaparecer!