Longos - Guimarães por: GabKoost
Ali as aves vem cantar a toda a hora;
E em baixo, pelo vale, escuta-se um ribeiro,
Que entoa em doce paz uma canção sonora
Sande São Lourenço - Guimarães por GabKoost
Mais longe o lavrador, curvo, seguindo a grade,
Amanha alegremente a terra para os filhos,
E o sol entorna a prumo a sua claridade
Casa da Espinosa - Guimarães (»1934) - Propriedade S.M. Sarmento
As montanhas ao ar levantam majestosas
Os seios, onde a alma ás vezes vai achar
As atracções do abismo, as visões pavorosas
E os beijos do luar.
Longos - Guimarães por GabKoost
De certo achas formosa, esplêndida a paisagem,
Nada falta á harmonia unanime das cores:
(...)
Penha - Guimarães - por: Paulo Menote
Guimarães, Setembro de 1879
J. Leite de Vasconcelos, Baladas do Ocidente
2 comentários:
http://www.archive.org/search.php?query=Leite%20Vasconcellos
Olá Galaico.
Permite-me que deixe mais um pensamento de saudade sobre o velho minho, desta vez nas palavras de uma mulher que eu muito admiro:
O Emigrante
Agora nunca mais saberás onde fica a pátria abandonada.
Só saberás recordar: terra de castanheiros, altas montanhas a pique sobre o litoral do mar azul.
E que ao partir na carruagem verde onde no último minuto te ergueram, teu único haver era os dois pães redondos de coração concêntrico queimado.
E já a canção ardente da saudade.
Agora para sempre essa pátria voará penada sobre a superfície redonda e dividida da terra toda.
Procurando um solo onde se encarnar.
E que por ti, só saberás lembrar: os frutos esparsos entre as ervas verdes e fetos dourados, o tronco oco que era a tua casa.
E esse tal mar azul brilhando entre altas cristas estriadas.
(Era entre Cávado e Ave)
23-XII-1973
Dalila Pereira da Costa, A Nova Atlântida, Lello & Irmão Editores, Porto, 1977, pag. 36, 37.
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