Montalegre e as suas gentes são ímpares. Gente de trabalho, gente leal, e no que toca à preservação do património e das tradições são um exemplo a seguir. Conto aqui dois episódios que passei em Montalegre, singelos mas que ilustram uma pequena parte do que acabo de escrever acima. Fui com um grupo de amigos acampar para Montalegre. Saímos para comprar carne, e no talho após comprar a incomparável posta barrosã, à falta de lenha para as brasas, perguntamos ao senhor que nos serviu onde poderíamos comprar carvão para assar a carne. Respondeu que carne dele não se assava com carvão, mas com lenha a sério. Levou-nos ao alpendre, abriu a porta do nosso jipe e encheu o carro de lenha. Mais recentemente, numa incursão de BTT pela serra do Larouco, em que atravessámos toda aquela zona da raia, passamos por Tourém e parámos para comer qualquer coisa em Pitões das Júnias. No café, ao ver algumas fotografias expostas, a senhora explicou-me que todos os anos no cruzamento da fronteira se juntavam portugueses e galegos para uma grande festa, porque "somos todos vizinhos e aqui a fronteira nunca nos separou". Dizia também fazer parte de uma associação que visava a preservação da cultura onde, entre outras coisas tocava gaita de foles. Não mentiu, pois é uma das senhoras que aparece no vídeo a tocar gaita de foles
2 comentários:
Montalegre e as suas gentes são ímpares. Gente de trabalho, gente leal, e no que toca à preservação do património e das tradições são um exemplo a seguir. Conto aqui dois episódios que passei em Montalegre, singelos mas que ilustram uma pequena parte do que acabo de escrever acima.
Fui com um grupo de amigos acampar para Montalegre. Saímos para comprar carne, e no talho após comprar a incomparável posta barrosã, à falta de lenha para as brasas, perguntamos ao senhor que nos serviu onde poderíamos comprar carvão para assar a carne. Respondeu que carne dele não se assava com carvão, mas com lenha a sério. Levou-nos ao alpendre, abriu a porta do nosso jipe e encheu o carro de lenha.
Mais recentemente, numa incursão de BTT pela serra do Larouco, em que atravessámos toda aquela zona da raia, passamos por Tourém e parámos para comer qualquer coisa em Pitões das Júnias. No café, ao ver algumas fotografias expostas, a senhora explicou-me que todos os anos no cruzamento da fronteira se juntavam portugueses e galegos para uma grande festa, porque "somos todos vizinhos e aqui a fronteira nunca nos separou". Dizia também fazer parte de uma associação que visava a preservação da cultura onde, entre outras coisas tocava gaita de foles. Não mentiu, pois é uma das senhoras que aparece no vídeo a tocar gaita de foles
Adoreiiiiiii
bjinho
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