Esse é mais um daqueles ditados populares que os antigos alegremente atiram ao ar gabando, de certa forma, o seu conhecimento das coisas todas.
Outubro, um dos meses mais belos do ano por ser onde o Outono melhor se afirma, é também o tempo das bolotas. Todos os anos, OGalaico recolhe algumas delas e planta-as com o intuito de, no ano seguinte, as colocar no local onde se espera que vivam o mais tempo possível.
Assim foi o ano passado. Ao recolher algumas bolotas acabadas de cair, plantaram-se valiosas árvores autóctones. Este ano o mesmo se passou.
Logo pela manhã, com um convidativo céu azul subiu-se a serra à procura dos locais onde estabelecer as moradias das árvores em causa.
Por entre os rebentos do ano transacto estavam Carvalhos, Sobreiros, Nogueiras e Castanheiros. Tudo espécies locais que representam mais valias ambientais em termos de diversidade e produção de alimento para os animais.
No fundo, o oposto total das pragas de Eucaliptos.
Um cuidado a ter ao plantar árvores passa por escolher um local com poucas probabilidades de serem esmagadas por pessoas ou, mais provavelmente, queimadas por qualquer incêndio antes que atinjam um tamanho que as proteja com mais eficácia.
Sítios que costumam ter pouco mato, clareiras ou até espaços urbanos com pequena taxa de risco são locais ideais.
Se possível, tentar plantar as espécies junto a estruturas que as protejam das intempéries e dos seres vivos. Muros e penedos são perfeitos e, no caso dos Carvalhos, totalmente ao gosto destas plantas.
A base da árvore deverá também ser protegida com algumas pedras para que as pessoas saibam que esta foi plantada propositadamente (esperando assim que haja mais respeito por ela) e também para resguardar a eventual erosão do solo que, nesta fase inicial, seria fatal.
Este ano, OGalaico resolveu colocar estes seres vivos num santuário de montanha onde existiram na sua envolvente vários castros.
No local procedeu-se à recolha de Bolotas dos muitos Carvalho que lá se encontram e, como podem ver, já está tudo preparado para que, no ano que vem, esse processo seja repetido.
Para além da satisfação natural que se obtém do facto de estar a contribuir, se bem que numa escala quase insignificante, para a melhoria do meio ambiente, será também curioso esperar várias décadas e um dia, já velhos e cansados, confirmar que aquele enorme ser, sob o qual uma família está a conviver num pic-nic, foi ali posto por si.
Finalmente, OGalaico acha que todas as pessoas possuidoras de automóveis ou contribuidoras em emissões de carbono deveriam ser obrigadas a plantar árvores. O estado deveria tornar essa actividade um hábito para as gerações vindouras e fomentar a disponibilização de locais próprios para isso.
Mas eventualmente, só daqui 200 anos o nosso Portugal terá consciência capaz de por isso em prática.
Outubro, um dos meses mais belos do ano por ser onde o Outono melhor se afirma, é também o tempo das bolotas. Todos os anos, OGalaico recolhe algumas delas e planta-as com o intuito de, no ano seguinte, as colocar no local onde se espera que vivam o mais tempo possível.
Assim foi o ano passado. Ao recolher algumas bolotas acabadas de cair, plantaram-se valiosas árvores autóctones. Este ano o mesmo se passou.
Logo pela manhã, com um convidativo céu azul subiu-se a serra à procura dos locais onde estabelecer as moradias das árvores em causa.
Por entre os rebentos do ano transacto estavam Carvalhos, Sobreiros, Nogueiras e Castanheiros. Tudo espécies locais que representam mais valias ambientais em termos de diversidade e produção de alimento para os animais.
No fundo, o oposto total das pragas de Eucaliptos.
Um cuidado a ter ao plantar árvores passa por escolher um local com poucas probabilidades de serem esmagadas por pessoas ou, mais provavelmente, queimadas por qualquer incêndio antes que atinjam um tamanho que as proteja com mais eficácia.
Sítios que costumam ter pouco mato, clareiras ou até espaços urbanos com pequena taxa de risco são locais ideais.
Se possível, tentar plantar as espécies junto a estruturas que as protejam das intempéries e dos seres vivos. Muros e penedos são perfeitos e, no caso dos Carvalhos, totalmente ao gosto destas plantas.
A base da árvore deverá também ser protegida com algumas pedras para que as pessoas saibam que esta foi plantada propositadamente (esperando assim que haja mais respeito por ela) e também para resguardar a eventual erosão do solo que, nesta fase inicial, seria fatal.
Este ano, OGalaico resolveu colocar estes seres vivos num santuário de montanha onde existiram na sua envolvente vários castros.
No local procedeu-se à recolha de Bolotas dos muitos Carvalho que lá se encontram e, como podem ver, já está tudo preparado para que, no ano que vem, esse processo seja repetido.
Para além da satisfação natural que se obtém do facto de estar a contribuir, se bem que numa escala quase insignificante, para a melhoria do meio ambiente, será também curioso esperar várias décadas e um dia, já velhos e cansados, confirmar que aquele enorme ser, sob o qual uma família está a conviver num pic-nic, foi ali posto por si.
Finalmente, OGalaico acha que todas as pessoas possuidoras de automóveis ou contribuidoras em emissões de carbono deveriam ser obrigadas a plantar árvores. O estado deveria tornar essa actividade um hábito para as gerações vindouras e fomentar a disponibilização de locais próprios para isso.
Mas eventualmente, só daqui 200 anos o nosso Portugal terá consciência capaz de por isso em prática.
8 comentários:
exelente ideia essa... esta semana irei recolher bolotas!! peço apenas precaução quanto ao local onde planta os carvalhos nos sítios arqueológicos que refere.
Ola AC,
De facto as bolotas não dão trabalho nenhum.
Plantam-se e deixa-se cá fora. Só é preciso regar de vez em quando quando não chove há muito e evitar deixar as jovens árvores completamente expostas ao sol durante o verão.
Em Outubro com a aproximação do Inverno, é a altura ideal para o transplante.
Quanto aos sítios arqueológicos, não se preocupe pois estão em local bastante afastado do santuário.
No entanto, os Carvalhos seriam o menor dos problemas uma vez que, diariamente, provas amadoras de 4x4, down hill, pic-niques e o abandono completo, encarregam-se de aniquilar todas as estruturas ainda existentes.
Cumprimentos
têm mesmo de ficar lá fora? é que não tenho varanda sequer.
infelizmente é verdade que muito património arqueológico que vai desaparecendo advém desse uso...
mas também é verdade que o profundo desconhecimento dessas realidades arqueológicas, e desconhecimento da sua utilidade, é responsável pelo estado da coisa.
Cumprimentos
Não deve fazer mal nenhum estar no interior.
Se cresce cá fora exposto ao temporal, também crescerá em casa.
Quanto ao património em causa, o facto de não serem ruínas Romanas inviabiliza qualquer intervenção.
E que a cultura castreja não tem valor nenhum para as entidades centralistas que não se revêem nelas e, consequentemente, limitam os fundos.
A própria câmara municipal, está mais preocupada em promover uma imagem já gasta até a exaustão (Braga cidade Romana)do que em apostar na cultura mais antiga e autóctone, capaz de trazer exclusividade à cidade.
Mas enfim, politicas...
mas havia uma projecto grande para a cultura castreja por todo o noroeste peninsular... creio que era da Unesco. O que terá sido feito disto? http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=620895
fique atento ao meu blog. deu-me uma ideia :D
http://patrimoniosustentavel.blogspot.com
cumprimentos
A rede de castros do Noroeste Peninsular esta em elaboração mas não tem em conta nem uma décima dos castros.
Na verdade são cerca de 5 mil no Noroeste Iberico o que faz desta civilização a coisa mais fantástica de toda a Europa.
Apenas os maiores e mais bem preservados são candidatos a integrar este organismo. No entanto, a maioria das cidades e muitas das aldeias do Norte de Portugal nasceram destes castros que ainda ornamento a olho nu os cumes dos nossos montes.
Milhares de ruínas em locais de beleza ímpar, expostos ao ar livre e quase todos ainda por explorar.
Tudo com pelo menos 2500 anos.
Será a cultura castreja a ultima pérola da arqueologia Europeia??
Não sei, mas se umas dezenas deles são elevados a Património Europeu, nunca poderão ser estudados de forma isolada.
Há-de haver um lugar para todos. Se bem que é impossível estudar-se tudo exaustivamente e nem todos precisam de ser escavados. Escavar algo é como destruir as folhas de um livro raro...
Precisamos de deixar alguns para os nossos filhos, não?
Pessoalmente acho que para os nossos filhos seria mais valioso terem todos os locais arqueológicos referenciados, protegidos e mais ou menos estudados do que na situação actual.
Hoje em dia, desde fonte de matéria prima (pedra para casotas e tudo o que for preciso), local de brincadeiras (por estes sítios estarem sempre associados a lendas locais, o que promove expedições pelos adolescentes que pouca noção tem do que estão a fazer), lixeiras, mata cerrada onde eucaliptos e incêndios tudo devastam etc, os locais arqueológicos castrejos estão condenados a desaparecer.
Muitos desapareceram já sem qualquer tipo de estudo.
Algumas associações estão no entanto empenhadas na sua defesa o que considero difícil pois, mesmo a Sociedade Martins Sarmento, que dispõe de notoriedade e créditos para além de qualquer constatação, não consegue manter os seus bens em condições mínimas de apresentação.
O Castro de Sabroso, perto de Briteiros e incluído no complexo étnico-familiar do lugar onde plantei as árvores, é propriedade da sociedade e está completamente abandonado, e constantemente degradado por populares.
Infelizmente, o estado económico do país exige que os recursos financeiros sejam direccionados para outras áreas eventualmente mias urgentes.
Mas não deixa de ser triste.
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