E assim vou falar-vos da Galhofa.
Quem é que não ouviu, pelo menos uma vez, as enigmáticas expressões:
- "Andavas na galhofa dianho do moço?"
- "Dizia-se lá cada uma…. mas não era para levar a sério era tudo na galhofa!"
- "Aquilo foi cá uma galhofa que chorei a rir"
Estas expressões são para mim muito particulares. Ouvias muitas vezes quando participava em trabalhos “comunitários” como esfolhada, malhadas e segadas.
Era assim que os mais velhos se referiam às brincadeiras da mocidade ou às picardias entre indivíduos!
Ainda hoje se usa para os mesmos fins na minha zona entre Lima e Cávado. Em lugar de dizer brincadeira, divertimento ou gozo, usa-se a palavra Galhofa. O seu significado oficial na língua portuguesa é risota, escárnio e gracejo.
Mas o termo Galhofa vai mais além. Galhofa é a designação dada a uma luta tradicional transmontana de corpo a corpo com origens portuguesas, nomeadamente, em Trás-os-Montes. A sua origem será, provavelmente, as lutas leonesas mas há quem aponte influência das lutas entre gladiadores romanos.
O objectivo do jogo é imobilizar o adversário de costa e ombros no chão, mas nunca se pode dar murros, pontapés ou torcer partes sensíveis ao adversário. Os jogadores competem em tronco nu, descalços e apenas com calças. A luta começa e termina com um abraço.
Tradicionalmente, este tipo de luta era parte de um ritual que marcava a passagem dos rapazes a adultos, tinha lugar durante as festas dos rapazes e as lutas tinham lugar à noite num curral coberto com palha.
A galhofa chegou até aos nossos dias enraizada na população de unicamente 3 aldeias transmontanas: Parada, Grijó e Freixedelo.
As Festas de Santo Estêvão marcavam o calendário deste ritual desportivo, que servia para desenhar também a rivalidade entre aldeias e ocupar o tempo, em períodos de pouca actividade agrícola.
Hoje em dia a Galhofa foi integrada no curriculum da licenciatura de Desporto e Educação Física do Instituto Politécnico de Bragança. Esta mesma entidade é responsável por organizar torneios de Galhofa para que a arte perdure.
Boas Galhofas Galaicos!
Quem é que não ouviu, pelo menos uma vez, as enigmáticas expressões:
- "Andavas na galhofa dianho do moço?"
- "Dizia-se lá cada uma…. mas não era para levar a sério era tudo na galhofa!"
- "Aquilo foi cá uma galhofa que chorei a rir"
Estas expressões são para mim muito particulares. Ouvias muitas vezes quando participava em trabalhos “comunitários” como esfolhada, malhadas e segadas.
Era assim que os mais velhos se referiam às brincadeiras da mocidade ou às picardias entre indivíduos!
Ainda hoje se usa para os mesmos fins na minha zona entre Lima e Cávado. Em lugar de dizer brincadeira, divertimento ou gozo, usa-se a palavra Galhofa. O seu significado oficial na língua portuguesa é risota, escárnio e gracejo.
Mas o termo Galhofa vai mais além. Galhofa é a designação dada a uma luta tradicional transmontana de corpo a corpo com origens portuguesas, nomeadamente, em Trás-os-Montes. A sua origem será, provavelmente, as lutas leonesas mas há quem aponte influência das lutas entre gladiadores romanos.
O objectivo do jogo é imobilizar o adversário de costa e ombros no chão, mas nunca se pode dar murros, pontapés ou torcer partes sensíveis ao adversário. Os jogadores competem em tronco nu, descalços e apenas com calças. A luta começa e termina com um abraço.
Tradicionalmente, este tipo de luta era parte de um ritual que marcava a passagem dos rapazes a adultos, tinha lugar durante as festas dos rapazes e as lutas tinham lugar à noite num curral coberto com palha.
A galhofa chegou até aos nossos dias enraizada na população de unicamente 3 aldeias transmontanas: Parada, Grijó e Freixedelo.
As Festas de Santo Estêvão marcavam o calendário deste ritual desportivo, que servia para desenhar também a rivalidade entre aldeias e ocupar o tempo, em períodos de pouca actividade agrícola.
Hoje em dia a Galhofa foi integrada no curriculum da licenciatura de Desporto e Educação Física do Instituto Politécnico de Bragança. Esta mesma entidade é responsável por organizar torneios de Galhofa para que a arte perdure.
Boas Galhofas Galaicos!