quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O ouro das vianesas e os ritos de fertilidade

Ei-las que passam na avenida dos Combatentes, com Santa Luzia ao fundo! São mordomas da festa da Senhora da Agonia, de cabeça levantada, em quentes Agostos. Trazem o peito coberto de ouro, como se bocadinhos de Sol se tivessem transplantado dos altos céus.

O ouro não é colocado ao acaso, livremente sofrendo a acção da gravidade. É preso ao vestuário, disciplinado, para que o peito fique uniformemente coberto. E o ouro surge-nos, assim, sob o formato de triângulo, de vértice para baixo.
Elas exibem o ouro faiscante ao peito e nas orelhas. Não se vêem anéis ou pulseiras, as mãos estão livres. Livres para o trabalho. O uso do ouro pelas vianesas tem significados ocultos.

Não se vêem anéis ou pulseiras, as mãos estão livres…


Que mulheres usam mais ouro?

- As noivas - vestidas de negro, A cor do poder.

- As mordomas - com uma vela votiva para acender a uma santa.

Quando observamos todo aquele ouro, disposto em triângulo, todo verdadeiro para nosso espanto, percorre-nos uma sensação de respeito, como perante uma visão sagrada e mítica.

Por que acontece isto no Minho e não noutras regiões do País ou até do mundo?


Porquê no Minho?

Tudo teria começado na Pré-história. O ouro seria usado por quem detinha poder. Antes de Cristo, testemunha Estrabão, as mulheres eram, no Noroeste peninsular, as detentoras da propriedade que a passavam por linha feminina. E esta, para mim, é a razão subterrânea do poder das mulheres do Minho, Já vem do fundo dos tempos.

Estrabão, autor romano que viveu no tempo de Cristo, entre c. 65 a.C. a 25 d.C., refere na zona cantábrica, abrangendo Minho e Galiza, uma espécie de “ginecocracia” (matriarcado). Diz que todas as mulheres bárbaras trabalham a terra e que o marido está obrigado a dotar a mulher; e as filhas, que herdam delas, têm a obrigação de casar seus irmãos, o que constitui uma espécie de ginecocracia, ainda que não como regime político(1).


As filhas, que herdam delas, têm a obrigação de casar seus irmãos


Apesar de Estrabão ser do tempo de Cristo, ele seguia autores mais antigos, segundo Armando Coelho. “Estrabão, Apiano e Avieno, seguem crónicas, cartas de navegação e escritos geográficos gregos ou púnicos, e autores mais antigos, muitos deles bons conhecedores da Península, cujos textos originais se perderam...”(2).

Portanto, já no tempo dos Galaicos, dos castrejos, portanto, existia “uma espécie de ginecocracia” na região do Minho e Galiza. E os bens, tal como o ouro, eram passados por via feminina.


As minhotas vencem os tempos

Foram os Romanos os primeiros a enfrentar a força das mulheres do Minho. Elas matavam os filhos para não pertencerem aos vencedores. Vestiam a roupa dos mortos e iam para a luta. Elas marcharam sobre o Porto, mataram o governador e foram mostrar para Braga a sua cabeça.

Mas a romanização venceu e retirou poder às mulheres. Os filhos passaram a ser do pai. Veio o Cristianismo e o poder das mulheres sofreu outro rude golpe. Acabaram as deusas (passou a adorar-se um deus masculino e único criador da vida). Acabaram as oficiantes (elas foram proibidas de tocar nas coisas sacras… e ainda hoje não são sacerdotes). Acabaram os ritos de fertilidade, a veneração das fontes…

Os Mouros, mais opressores que os Cristãos, permaneceram vários séculos na Península. Trouxeram a poligamia, retiraram às mulheres o espaço público, tornaram-nas invisíveis, taparam-nas com farrapos deixando-lhes só os olhos de fora.

No Minho, não se nota que os Mouros tenham feito “estragos” no poder das mulheres. Mas como essa opressão, tanto cristã como muçulmana, provinha sobretudo da religião, então as mulheres deram a volta e privilegiaram o culto da adoração a entes femininos – santas e Nossas Senhoras. E perverteram o sentido religioso da tristeza e sacrifício, em festa e alegria.

Uma particularidade interessante é que o ouro não era, nem é, usado só pelas mulheres ricas. As pobres, quando conseguiam uns tostões, investiam no seu cordão.


O ouro não era, nem é, usado só pelas mulheres ricas


Nos Descobrimentos, muitos homens partem e as mulheres tomam conta da província. Renasce nelas o antigo poder de serem detentoras da propriedade. A Lei Mental e dos morgadios impõem-se. Tanto as riquezas públicas como os bens familiares são dados descaradamente aos homens com legistas, sábios e Igreja a concordar. A romanização, o Cristianismo, o domínio dos Mouros já as haviam despojado das riquezas e, agora, a Lei dá a machadada final – os bens passam de homem para homem e tinha de ser filho legítimo.

Renascem forças antigas, num tempo novo, forças subterrâneas, e a mulher descobre que o ouro, riqueza que vem da Pré-história, se pode contrapor à propriedade masculina.

Mas como fazer isso sem reacção social? A princípio ela não vai usar o ouro como riqueza, mas como algo de sagrado. Como um talismã para a sua própria fecundidade. Por isso é bem aceite por todos. Os cultos masculinos foram subtilmente substituídos por cultos femininos. A Sr.ª d’Agonia, de sofrimento extremo, reminiscência de um antigo culto à Lua, foi transformada na romaria mais alegre do País. E assim, com a ajuda do sagrado, de cultos femininos, da festa, as minhotas conseguiram enganar as leis e fazer reviver tempos anteriores à romanização em que os bens se transmitiam por via feminina.


O menir feminino – hino impar à fertilidade

A “ginecocracia” de Estrabão é apoiada por vestígios arqueológicos. No Sul do País, encontramos menires fálicos. Mas no Minho, em Paredes de Coura e Ponta da Barca, encontramos menires femininos. A gravura mostra o de Paredes de Coura, serra de Bulhosa, com seios e colares.



Mas repare-se agora na cabeça da estátua. Nós dizemos “cabeça”, mas o que lá está não se assemelha ao formato normal duma cabeça humana nem de bicho. Não é arredondada, não tem crânio, nem olhos, nem boca, nem cabelo. Então o que significará? Se lhe retirarmos o volume, essa “cabeça” tem o formato dum triângulo, mas dum triângulo cónico, com o vértice para cima.


Camilo diz-nos que as mulheres trabalhavam no séc. XVIII e que investiam em ouro


“O triângulo com o vértice para cima simbolizava o fogo e o sexo masculino; com o vértice para baixo, simbolizava a água e o sexo feminino e, pela sua semelhança com o púbis, está muito ligada a motivos de fertilidade”(3).


Portanto, o triângulo para cima assemelha-se à pujança da masculinidade necessária para a procriação e o “renascimento” da vida. É esse o sentido dos menhires fálicos do Sul, dizem, com uma intenção mágica de fertilidade, considerando o campo um útero.


O triângulo feminino nas jóias da minhota

Em Lisboa, no Museu de Arqueologia, visitei, em Março de 2008, uma esplêndida exposição: “Ouro Tradicional de Viana do Castelo – da Pré-História à Actualidade”. Publicaram também um livro de apoio com o mesmo título(4). Tomo a liberdade de reproduzir algumas imagens desse catálogo, porque exemplificam a minha teoria.

A arrecada encontrada em Carreço data da Segunda Idade do Ferro (“Ferro Castrejo”). Reúne, tal como o menir de Paredes de Coura, os símbolos da fertilidade masculina e feminina. Foi comprada por Leite de Vasconcelos, por 237 000 réis, em 1905. Repare-se como essa jóia tem o triângulo de vértice para baixo, o ventre com 5 objectos redondos, como que fecundado, tendo no meio um espaço com o formato do órgão masculino – um hino à fecundação humana.

O Museu Arqueológico de Guimarães, Sociedade Martins Sarmento, guarda umas arrecadas dos séc. III a.C. - I a.C., encontradas na citânia de Briteiros. Repare-se no triângulo masculino para cima e no triângulo feminino, redondo, para baixo.

As arrecadas eram usadas pelas mulheres do povo. Camilo Castelo Branco, referindo-se a uma mulher do séc. XVIII, em 1750, de Póvoa do Lanhoso, diz no seu livro sugestivamente chamado “O Demónio do Ouro”: “Durante a longa doença de seu marido, Luísa vendera dois cordões e arrecadas, que em solteira ganhara na tecelagem, para suprir ao cirurgião e à botica”(5).

Por esta frase, Camilo diz-nos que as mulheres trabalhavam no séc. XVIII e que investiam em ouro, riqueza usada quando havia uma grande dificuldade na família.

D. António da Costa(6), refere em 1873:



“A primeira minhota que me surpreendeu foi uma lavradeira da freguesia de Deucriste… Das orelhas pendiam-lhe arrecadas resplandecentes, ao redor do pescoço um grilhão de oiro em cinco voltas...”


Portanto, no séc. XIX, era vulgar o uso quotidiano de arrecadas. O uso dos brincos à rainha impôs-se no final desse século.


Os brincos à rainha são um bom exemplo para atrair a fertilidade para a sua portadora


Observemos agora o formato desses brincos - as arrecadas são circulares, tem outro círculo móvel dentro, e terminam com um triângulo com o vértice para baixo.

Vejamos agora uns brincos à rainha - sobressai uma parte redonda, como um ventre “germinado”, “fecundado”. Dentro, solto, vê-se uma roda mais pequena e móvel, que poderá significar o filho preso ligeiramente à mãe mas que é independente e sai do ventre. Designa-se bambolina, porque balança. E para terminar a jóia, voltamos a ver um triângulo invertido, símbolo do feminino pela semelhança com a púbis. Pode não ter havido essa intenção, mas tanto as arrecadas como os brincos à rainha, são um bom exemplo de uma manifestação de louvor, de culto talvez, um pedido para atrair dos astros e do sagrado a fertilidade para a sua portadora.

Mas já que falamos em triângulo com o vértice para baixo, símbolo feminino de louvor à fertilidade, comparemos agora as voltas da estátua menhir de Paredes de Coura e o ouro das vianesas ao peito. Três mil e quinhentos anos as separam, três milénios e meio! Em ambas as situações, tantos os riscos pré-históricos como a disposição do ouro das vianesas actuais, têm o formato dum triângulo com o vértice arredondado voltado para baixo. Como já se explorava o ouro na Pré-História, serão de ouro os colares do menir?



O triângulo pré-histórico na pedra e no brinco

Ponhamos agora lado a lado uma inscultura encontrada no Lindoso, Ponte da Barca, com outra arcada do Norte de Portugal. Esse desenho lavrado na pedra é atribuído ao início da Idade do Bronze. Quanto à arrecada, é posterior, da Segunda Idade do Ferro. Constata-se perfeitamente a semelhança – o triângulo púbico, os orifícios, talvez boca e olhos, os círculos, os redondos dos seios e ventre. Portanto, talvez possamos concluir que o ouro tinha um significado, não era apenas um adorno.


O símbolo dos “SS”

A Câmara de Vila Nova de Cerveira é proprietária de uma conta de brinco datada da época suevo-visigótica. Esta conta tem a particularidade de ser decorada com SS. Os SS são um motivo decorativo de diferentes jóias em ouro de Viana usadas ainda na actualidade.

O que significa esse SS?


O ouro é usado, embora de uma maneira inconsciente, como uma prece, uma perpetuação, um louvor à vida


Segundo o conhecido ourives Manuel Freitas, são o desenho estilizado de dois patos a voar. Segundo este coleccionador(7), os patos são o “símbolo da união e da fertilidade conjugal, ao qual se junta, por vezes, a noção de força vital, pelo facto do macho e fêmea nadarem sempre em conjunto… Actualmente, estas formas aparecem nas arrecadas de Viana e nos brincos parolos (nos primeiros, em forma de “SS”, e nos segundos de forma explícita”.



A Vénus da algibeira e brinco

E essa força mítica, que alia traje e ouro, continua a louvar a fertilidade feminina talvez inconscientemente. Imaginemos as estátuas de Vénus bojudas e grávidas da Pré-história. Comparemos agora com uma algibeira e com um brinco actual.

Quer dizer, de diferentes maneiras – menires, insculturas na pedra, arrecadas pré-históricas, brincos, traje – encontramos símbolos de fertilidade. E, de uma maneira única, encontramos a fertilidade masculina e feminina a par. Assim, no matriarcado, quando as mulheres detinham o poder, elas não anularam os homens. No patriarcado, os homens não anularam as mulheres. Segundo Frei Luís de Sousa, (c. 1619), os homens de Viana eram “mais que liberais”(8). Daí a singularidade duma província.

O ouro é usado ainda hoje, embora de uma maneira inconsciente, como um rito de fertilidade. Uma prece, uma perpetuação, um louvor à vida.

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Fonte: Fina D`Armada

(1)Estrabão, Description da Iberia, trad. Antonio Blasquez, vol, 8º, Madrid, 1900, pp.19-51.

(2)Armando Coelho, “A Idade dos Metais em Portugal” in História de Portugal, I, (dir. José Hermano Saraiva), Lisboa, ALFA, 1988:123.

(3)Manuel Rodrigues de Freitas, “Ouro”, in Cadernos Vianenses, tomo 32, Viana do Castelo, Câmara Municipal, 2002: 186.

(4)Alberto A. Abreu at al., Ouro Tradicional de Viana do Castelo – Da Pré-História à Actualidade, Museu de Arqueologia e Câmara Municipal de Viana do Castelo, 2007: 7.

(5)Camilo Castelo Branco, O Demónio do Ouro, Lisboa, parceria António Maria Pereira, 1905: 33.

(6)D. António da Costa, No Minho, 2ª edição, Porto, Figueirinhas, 1900: 233-234.

(7)Manuel Rodrigues de Freitas, “Ouro”, in Cadernos Vianenses, tomo 32, Viana do Castelo, Câmara Municipal, 2002: 187.

O brinco foi retirado do Catálogo da exposição “Ouro Tradicional de Viana do Castelo – Da Pré-História à Actualidade”, 2007: 62. A algibeira é a minha.

(8)Frei Luís de Sousa, Vida de D. Fr. Bartolomeu dos Mártires, Livro I, cap. XXVI, 1619.


7 comentários:

O Galaico disse...

Apesar de concordar com o significado original (ou seja, inspirado no temas castrejos)dos modelos de ourivesaria, não posso deixar de fazer um reparo acerca deste texto cuja autora abusou da marca "Viana".

Antes de mais, a Senhora da Agonia é um extremo de abuso no uso do Ouro.

Ou seja, na realidade, quase ninguém, teria capacidade de ter Ouro com esta quantidade. Apenas uma minoria insignificante da população tinha um dote capaz de encher o peito de Ouro.

O que a Sra da Agonia vende é a propaganda nacionalista da FNAT e de Salazar.

Não se deixem enganar. As pessoas da época eram pobres e se tivessem um cordão e uns brincos já seria fruto de imenso trabalho. Quantos e quantos nem sapatos tinham, quanto mais quilos de ouro...

Finalmente, o abuso de colar o rótulo "A Viansesa" a tudo o que seja Ouro Minhoto.

Isso é uma apropriação de uma cultura regional que, na arte do Ouro tem os seus centros na Povoa de Lanhoso e Gondomar.

Não há nada de exclusivamente Vianense em tudo o que se rotula desta forma.

Portanto, acho que algumas associações que a autora faz, nomeadamente em relação ao significado da disposição dos cordões de Ouro, uma característica cultural um pouco forçada por não representar a vasta maioria das gentes.

Nunca na história da humanidade, houve uma comunidade regional rica ao ponto de parte significante das populações poderem exibir ouro em tanta quantidade.

Logo, se não havia esta tradição generalizada, dificilmente podemos dar isso como um acto revelador do que quer que seja.

Anónimo disse...

Galaicus ao cinema!:

http://azonavelha.blogspot.com/2010/08/o-braveheart-galego-ao-cinema.html

A Respigadeira disse...

Gostei muito deste texto. Muito interessante! Coincidencia ou não, enquanto lia este texto, apercebi-me que estou a usar uns brincos de rainha. :-)


Para completar este texto, só falta mesmo uma visita aos artesãos do concelho da Póvoa de Lanhoso que trabalham a filigrana. Porque Minho e Ouro não é só em Viana do Castelo!

O Galaico disse...

Olá Clara,

De facto o Ouro tem rimado com Viana do Castelo.

No entanto é um facto que Viana nunca teve produção de Ouro.

Esta centrava-se na Póvoa, Guimarães, Gondomar etc.

No entanto, Viana, apropriou-se desta tradição e usa-a como sua.

E claro que também o é mas ouvir falar em "Brincos á Vianesa" quando nos referimos a Brincos á Rainha, é de facto errado.

Quanto aos museus da Póvoa de Lanhoso, são realmente maravilhosos.

Curiosamente, são ainda pouco integrados nas rotas turísticas da região e não passam de produtos marginais.

Anónimo disse...

Parabéns Elaneobrigo, é um post muitíssimo interessante.

Eu não sou do Minho, mas sou uma mulher do Norte. E ser uma mulher do norte é o que mais me caracteriza... eu nunca me esqueço da longa linhagem de mulheres do norte da qual descendo, nunca! E é delas que vem a minha força.

Ao ler este post, lembrei-me com saudade e pesar das minhas arrecadas. Eu ainda usei durante algum tempo as velhas arrecadas da minha avó materna, que um dia simplesmente as tirou das orelhas e as colocou nas minhas. Eu não queria que ela fizesse aquilo, mas ela disse-me que ela também as tinha recebido das mãos da avó dela... e, na verdade, aquelas arrecadas estavam mesmo muito velhas. Nessa altura eu era uma idiota e detestava usar aquelas argolas velhas e amolgadas, gastas pelo uso. Até que um dia, durante o sono, partiu-se uma delas. Foi um alívio. Mas, um alívio temporário. A minha avó não me deixou tirar a outra, o que me causava verdadeira vergonha. De modo que fiz o que, na altura, me pareceu a melhor solução: parti a que restava.

Muito mais tarde, procurei na casa da minha mãe as minhas velhas e partidas arrecadas, mas não as encontrei.

Espero não te ter aborrecido com este desabafo...

Elaneobrigo disse...

Obrigado "mulher do norte" pelo comentario:)
na minha opinião, são as mulheres que enrredam o mais genuino das nossas tradições, e é bom que essa "força" não se perca nem muito menos seja esquecida.

como já deu para perceber pela teu interesante desabafo, e falo também por mim, devo dizer que, o que importa é que ainda tivemos ou temos contacto com as nossas genuinas raizes ancestrais... e isso é uma magia que nos preenche e nos guia!

volta sempre

Anónimo disse...

Elaneobrigo, quero agradecer-te por este post, que me levou a pensar nas minhas velhas arrecadas, a procurá-las novamente e, desta vez, a encontrá-las. :)

Bem, levei-as a um artesão do ouro na Póvoa de Lanhoso, que encontrei através do Museu do Ouro, e agora as minhas velhas arrecadas estão novamente inteiras. :)