Estado da entrada da Cividade. In: http://afifedigital.blogs.sapo.pt/88768.html
Apresentada por muitos especialistas como "uma das estações arqueológicas castrejas mais importantes do Noroeste Ibérico", não só devido à área que ocupa, mas também ao espólio encontrado nas diversas intervenções arqueológicas efectuadas ao longo dos últimos 130 anos, chefiadas por alguns dos mais reputados arqueólogos nacionais e europeus.
Segundo a APCA, esta estação "passou a ser conhecida mundialmente" após os trabalhos do arqueólogo Armando Coelho Ferreira da Silva, com metodologias arqueológicas inovadoras e grande rigor científico, na década de oitenta do século passado, de que "resultou um valioso espólio" que se encontra patente ao público no museu Arqueológico de Caminha.
Aspecto do desleixe em que se encontra a Cividade. In: http://afifeambiente.blogs.sapo.pt/5466.html
Esta associação, cujo plano de acção a levou a efectuar visitas ao património construído do Alto Minho, vem manifestar a sua preocupação face ao estado de abandono de vários espaços arqueológicos , nomeadamente este "tomado por vegetação infestante, actos de vandalismo e, recentemente, irracionalmente desvalorizada com a implantação de uma antena de comunicações no seu principal trilho de acesso".
Os responsáveis da Associação acham "inacreditável" que um local amplamente referenciado nos roteiros turísticos possa ter chegado a este estado, dando ao mundo uma "imagem negativa" levada pelos turistas.
Nos primórdios de uma Cidade:
A Cividade de Afife-Ancora é um importante povoamento da idade do ferro com indícios de romanização, localizado a cerca de 1250 m da actual linha de costa com uma altitude máxima de 187 m, sobre o contraforte noroeste da Serra de Santa Luzia, na fronteira administrativa de Afife (concelho de Viana do Castelo) e Âncora (concelho de Caminha), que para além de integrar o conjunto dos grandes povoados Castrejos que dominavam o Litoral da região, tem, ainda, no Castrejo do Noroeste Ibérico. As dimensões e localização , assim como a organização urbana ( três linhas de muralhas, casas circulares e ovais, condutas de escoamento de àguas, fontes de mergulho, fornos, pequeno sepulcros em forma de cista etc.) da Cividade de Afife-Ancora, permitem enquadrá-la no grupo dos grandes povoados Castrejos proto-urbanos, da fase mais recente da idade do Ferro. Embora as suas origens remontem aos séc. VI-VII a.C, a sua maior ocupação e importância terá ocorrido por volta dos séc. II a I a.C, prolongando-se pela fase inicial do período Romano. A cividade de Afife-Ancora conjuntamente com outros povoados mais pequenos, controlava a linha de costa entre santo Izidoro (Moledo) e Montedor (Carreço), os vales e estuários do Âncora e de Afife e o acesso ao estanho e ouro das serras de Santa Luzia e de Agra.
A cividade de Afife-Âncora é um dos povoados mais emblemáticos da Cultura Castreja sendo daqui, para além de outro espólio mais importante, os famosos lintel e ombreira decorados com o extraordinário cordame que Martins Sarmento levou para o museu de Guimarães que ostenta o seu nome.
Artigo publicado no Diário do Minho de 16/09/2009
1 comentário:
E dizem-se eles a "meca da arquitectura"---"cidade saudavel"...etc...
quem tem o seu mais ancestral patrimonio neste estado nunca sera saudavel...
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