O galego não é português, o português é que é galego!
Esta é a verdade histórica. O povo galego de origem celta ocupava o norte de Portugal e a actual Galiza espanhola. Não deveremos esquecer que Afonso Henriques era Galego e que Portugal integra parte da Galiza e territórios conquistados.
Os portugueses não inventaram o português, pelo contrário, falaram sempre galego e foi o galego que foi modificado e constitui a matriz linguística actual do português.
Entre o galego e o português existem apenas 7% de diferenças e entre o português de Portugal e o português do Brasil há menos de 3% de diferenças, com o novo acordo haverá muito menos. Para uma língua ser diferente é necessário ter cerca de 20% de diferenças, o que não é o caso do galego e do português. Por isso são a mesma língua.
O galego é português arcaico (ou melhor, o português é galego moderno), a língua que se falava no tempo dos descobrimentos. Porque Portugal teve contacto com vários povos na aventura da expansão, e sobretudo porque tinha aquilo que os galegos espanhóis não tiveram, a sua independência, puderam modificar e fazer evoluir a sua língua.
Os galegos de Espanha foram proibidos de se expressar publicamente em galego.
Hoje a Galiza luta pela recuperação da sua cultura linguística, havendo um movimento político que pretende pela lei castelhanizar o galego, existindo um outro movimento com suporte popular que defende um galego genuíno, baseado nas raízes galegas. Parte destes galegos defende que o galego é a origem arcaica do português e que o português é o galego moderno desenvolvido pelos galegos portugueses.
Porque não se pode recuperar a história que os galegos de Espanha foram impedidos de escrever, este grupo de galegos defende que os galegos devem acompanhar o português, que é galego moderno, e não o castelhano, que não é nem nunca foi galego.
Não devemos esquecer que os castelhanos dizem "iglesia", os galegos dizem "igrexa" e os portugueses dizem "igreja". Do galego para o português o som "x" evoluiu para o "j" que é mais suave. Os castelhanos dizem "universidad", os alegos "universidade" e os portugueses "universidade".
Depois há termos tão comuns em Portugal que existem também na Galiza espanhola como "xunta de freguesia", "proxecto", "associaçom", "xosé", etc. "mão" diz-se mám ou máu (e não manu..), enquanto "irmã" diz-se "irmán" ou "irmá (e não hermana), "casa" diz-se como "caça" e "gente" diz-se xente...
Diferenças na wikipédia:
o cão do meu avô é parvo. (português)
o can do meu avó é parvo. (galego popular)
o cam do meu avô é parvo. (galego na ortografia proposta Associaçom Galega da Língua)
el perro de mi abuelo es tonto. (espanhol)
Os galegos de Espanha ainda têm muitas decisões a tomar: se querem falar castelhano não precisam do galego, se querem falar português não precisam do galego, se querem falar galego arcaico e esperar pelos resultados históricos...
Para já é historicamente incontornável que o galego é a mesma língua do português medieval, e que o português actual está uns anos à frente do galego.
Veja por exemplo que afinal "Cristóvão Colombo" não era italiano, era português, no seu tempo CRISTOFÕM COLON (Pedro Diaz de Toledo referia-se a Colombo por "El Português")era oficial da marinha portuguesa do tempo dos descobrimentos, viveu em Porto Santo e casou com a filha de Bartolomeu Perestrelo... Consta que era neto de João Gonçalves Zarco, filho bastardo de D. Fernando, logo príncipe de Portugal...
Colon (do galego), e não Cólon (do castelhano)...
Para efeitos de tradução, naturalmente que o galego não pode servir de base a qualquer tradução... Contudo, nas rectificações dos arcordos ortograficos portugueses de 1986, 1990 e 2008, os galegos foram convidados a participar de forma não institucional, ou seja, funcionaram como "observadores", porque têm interesse na evolução do português e o galego está em evolução.
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vale do minho
a nova galiza
16 comentários:
Ora bem, a questão linguística é uma das mais problemáticas do universo Galaico.
Em primeiro lugar, o país que mais representa este idioma comete o crime de se referir a ele como LUSO.
Como é que pode uma língua ser LUSA se nasceu na Galécia?
O único motivo pelo qual se fala Português do Minho ao Algarve é pela expansão politica da nobreza Galega.
A Lusitânia absolutamente nada tem a ver com a criação da Língua. Muito menos os Lusitanos que, na baixa idade média já não existiam como cultura etnia definida.
O mito lusitano e o facto de vários autores como Camões e Gil Vicente terem usado Viriato como herói nacional ao imitarem as epopeias clássicas, fizeram com que a história se centrasse nesta figura.
A diferença entre o Português e o Galego aumentou com a deslocação do poder para Coimbra e Lisboa. A partir de certa altura foram eles que decidiram como se escreve, pronuncia e o que é "provincianismo" e o que não é.
A prepotência centralista continua hoje ao vender a nossa língua aos padrões Brasileiros.
Lembro-me das palavras antigas que os meus avós usavam. Ainda hoje, nos espaços rurais, os mais velhos falam quase Galego. Isso deve-se ao facto de terem tido pouca escolaridade. Aprenderam por herança e, por isso, não absorveram o idioma moderno, construído pelo estado.
A Norte do Minho a situação ainda está pior.
Entre os pró Castelhanos ignorantes que renunciam à essência da sua cultura e as divisões dentro dos Galeguistas, ainda não se vislumbra luz ao fundo do tunel.
Uns querem falar castelhano, outros Galego dentro da Lusofonia, outros Galegos a pender para o Castelhano, outros ainda um Galego que aceita normas regionais e até quem queira definir um nvo Galego à margem disso tudo.
A verdade permanece uma:
O Português descende do Galaico cujo Galego de hoje é a mais fiel aproximação.
Dentro de Portugal o Norte será a região mais próxima das suas características iniciais.
O termo Lusofonia é um insulto aos nossos antepassados e se não fosse o orgulho inicial e ainda presente de nos demarcarmos de Espanha, o nome da nossa língua seria ainda GALEGO.
Atenção o D Afonso Henriques fundador da nação não era nortenho era de origem francesa. tal como milhares de portugueses têm origem em cavaleiros normandos, germanicos, franceses, italianos, ingleses que vieram expulsar os mouros.
Sr "Anónimo"...
Por ventura vai me dizer que D.Teresa era Francesa??
D.Henrique, duque de Borgonha que casou com Dona Teresa, filha ilegítima de Afonso IV, o REI DE LEÃO E DA GALIZA, esse sim era de origem Francesa.
A sua história precisa de levar revisão.
O pai era Francês de origem, a mãe Galega e D.A.Henriques nasceu em terras Galegas, viveu em Terras Galegas e passou o tempo a expandir as Terras Galegas.
Não diga disparates. D.A.Henriques é Galego.
tem toda a razao.
Nunca tinha pensado nessa versão dos factos. O termo luso foi uma tentativa de apagar a memoria das origem.
De toda a forma não pode ignorar que desde do tempo dos Romanos que já existiam divergencias entre a parte ocidental e oriental da peninsula contra a homegenização iberica.
cmps
Acho que O Galaico não anda certo quando diz: «Os galegos de Espanha ainda têm muitas decisões a tomar: se querem falar castelhano não precisam do galego, se querem falar português não precisam do galego, se querem falar galego arcaico e esperar pelos resultados históricos...»
PORÉM, o certo é que "falar galego" é um jeito de "falar português", de modo que ambos os falares (aliás, múltiplos) podem ser grafados quer "a la espaÑola" (é o "galego" imposto pelo "gobierno espaÑol" na "Comunidad Autónoma de Galicia" - tudo em castelhano), quer à portuguesa ou à galega, tanto tem.
O "galego" imposto pela "Junta de Galicia" é um híbrido nojento que não se corresponde nem com os falares galegos nem com os castelhanos da Galiza.
Assdo.: António Gil, da Academia Galega da Língua Portuguesa
Ola Caro Sr. António Gil,
Concordo igualmente consigo acerca da justiça de tanto estarmos a falar Galego quando pronunciamos em Português como em Galego "Castelhanizado". São variantes do mesmo idioma. Quanto á questão do Galego imposto pela junta da Galiza, estão a cometer o mesmo erro que Portugal com o Brasil.
Com a ânsia de fortalecer a língua, fazem dela um produto híbrido fruto de uma evolução manipulada.
A língua tem de ser natural e evoluir por si só e pelo povo que a usa.
No entanto, compreendo a necessidade de criar um padrão. Só assim pode a língua ser defendida através da burocracia moderna.
Ela tem de ser leccionada, aprendida e gerida por normas reconhecidas. Bem que não natural, é o modo que se utiliza hoje em dia para preservarmos idiomas.
E uma escolha que na minha opinião além de todos os malefícios que causa, tem uma lógica que talvez seja necessária para o reconhecimento do Galego em parâmetro Espanhol.
Note no entanto sr. Gil, que este artigo foi copiado de outro site e não da nossa autoria. Foi aqui colocado por ser relevante para os assuntos deste blogue.
O link original está no fim do texto.
Cumprimentos!
Certíssimo.
Sou brasileiro, filho de portuguesa minhota. Creio que o nome da língua deveria ser modificado para "Galego", que lhe é o nome de fato legítimo, pois veio primeiro. Seria uma forma de Portugal (e o Brasil por tabela) mostrarem sua disposição e humildade na tentativa de incluir a nação galega no universo da língua. Assim como o "espanhol" fala castelhano, não há problemas em o português falar galego... embora eu ache que só fosse de fato coerente se a Galiza estivesse dentro das fronteiras portuguesas... mas enfim.
Axo muito interessante este tema que aqui se fala!Aliás muito importante para os Portugueses e para todos os falantes da lingua portuguesa.Sim sem dúvida que os dados q aquio se fala tenho conhecimento de alguns deles e apesar de a historia nao os mostrar é muito façil de ver que tem toda a lógica e fazem todo o sentido pois como a histori os esconde ao mesmo tempo acaba por os mostrar.E o facto é q Portugal nasceu da Galiza logo sim os Portugueses sao descendentes de Galegos.Eu como portugues e considero-me um portugues patriota nao tenho nenhum complexo em aceitar q descendo de Galegos e q o a nossa lingua é uma evoluçao do galego.Qualquer portugues do norte se pensar vera bem q s alguam vez estive na Galiza deve ter visto como somos recebidos e como ambos os povos se dao bem tal é a afinidade q nos unem nao é apenas um acaso de simpatia e de vizinhança p mim considero mais uam afinidade de povos irmaos q sao proximos e se sentem proximos.Talvez fosse altuar de s mudar a historia e po-la cm deve ser de verdade.Mas claro td isso leva tempo mas nunca é atrde para se começar.Portugal e os portugueses e os falantes de portugues os teriam a ganhar juntamente com os galegos caso uma mudeança desta viesse a acontecer.precisamos de um novo A.henriques para libertar o resto dos galegos de Espanha e polos n seu lugar q e junto aos portugueses
Antes de mais é urgente acabar com mitos. O mais pernicioso é o da "lusofonia". Não existe nenhuma lusofonia, porque a língua lusa, a língua falada na Lusitânia antes de ser conquistada pelos romanos, desapareceu e ninguém sabe como era. desapareceu há mil anos, sem deixar rasto. Porque será que escolheram o nome "lusofonia" em lugar de GALAICOFONIA? Porque o poder de Madrid proibiu a língua galaica de ser falada no seu território,e, ao longo dos séculos foi de tal maneira depreciada, que em Portugal, país independente, onde o galaico florescia, os seus escritores não poucas vezes preferiram escrever em castelhano. Camões escreveu parte da sua obra em castelhano. Só depois da Restauração é que o castelhano passou a uma posição mais secundária. Mas o termo galego, durante séculos em Portugal como em Espanha foi depreciativo, por isso chamaram ao galaico(galego)- que na Galiza já praticamente só era falado por gente do campo muito remota - de português.
A língua portuguesa é galaica irmã gémea, univitelina, da língua que foi proibida na Galiza. Porque tarda a Portugal assumir isso porque temos intelectuais preguiçosos e linguistas românticos completamente mitómanos e que tem vergonha ainda da sua língua. Se não existisse os 200 falantes de galaico brasileiro (português do Brasil)em Portugal há muito que aqui já só se falava inglês.
Sr. Felpo,
A verdade é tão óbvia que, por vezes, tenho a certeza de que os Portugueses são o povo mais estúpido do mundo.
Mas porque será que os galegos não compreendem que a sua língua continua viva do outro lado da fronteira. Porque será que os galegos inventaram uma máscara que usam como travestis nem se assumem pró Castela nem pró a sua própria língua a portuguesa. Inventaram uma nova que vos faça bom proveito.
Sr. O Galaico,
A melhor maneira de avançar não é ficar a atirar culpas para os outros. Só criará inimigos.
Deixe os crimes com quem os comete. Pense na sua própria conduta.
A Galiza tem problemas linguísticos, Portugal não tem. O único problema que Portugal tem agora é o Brasil, parece que também tem vergonha de ter a língua portuguesa como sua, resolve inventar, mudar e impor como norma as suas fantasias.
No tempo dos nacionalismos cometeram-se muitos erros. Agora há que ter a coragem de olhar em frente e construir. Quem atira as pedras aos outros fica sem elas para construir.
Sr. O Galaico,
Será melhor ter a humildade de aceitar que o galego desapareceu como prática de uma língua viva; desapareceram, durante séculos, autores (autor quer dizer aquele que aumenta aquele que dá) que a manteriam viva. Quando estou doente e se tenho possibilidades vou a um médico, de preferência bom (que tenha boa preparação científica)não vou pelos campos, nem pelos montes aos lugares perdidos à procura de meigas. Na recuperação da língua que estava moribunda nem reparam que no outro lado da fronteira ela estava viva e de boa saúde só que estava disfarçada debaixo do nome de português.
Ser autor é acrescentar como disse na minha intervenção a cima. Se Portugal se afirmou como entidade independente da Galiza, foi autor, na medida que aumentou território e sem ajuda de ninguém constitui-se como país com cultura própria. Tem todo o direito de chamar à sua cultura de portuguesa e à sua língua, embora galaica (porque essa é a sua origem) de portuguesa. Compete aos galegos serem autores do seu destino, e escolherem os seus caminhos. É feio em lugar de andar para a frente resmungar e dizer mal de quem faz alguma coisa.
Sr. Felpo,
A língua dos Galegos não está viva por cá. A nossa, foi tão mutilada quanto a deles.
Portugal não tem problemas linguísticos? Parece!! Depois de ter afirmado isso, como é que pode referir o Brasileiro! Afinal, temos ou não? Temos E GRAVES!
Dizer que o Galego desapareceu como língua viva é simplesmente falso. Muitos Galegos, nas zonas rurais, FALAM Galego. Hoje está mais vivo do que há muitos anos. Há quem ensine, quem aprende e há quem fale e debata a sua problemática.
Isso tudo são sinais de uma língua viva. Está mais morto o Português porque o estado, esse não deixa o povo intervir na evolução da língua.
Bastardos como Santana Lopes, que querem o nome deles para a posteridade, tiveram a indecência de se apropriar dela.
Portugal nunca se afirmou independente da Galiza. Portugal afirmou-se independente da coroa de Leão.
Além disso, ser Galego não tem NADA A VER com países mas sim com cultura e com origens. A nossa língua é Galaica e, LUSITANOS SÃO OS CAVALOS, como diz o outro.
SOU GALEGO-DESCENDENTE (QUARTA GERAÇÃO PELA LINHA MATERNA). AMO A GALIZA COMO AMO PORTUGAL. ATRAVESSAR O RIO MINHO É PARA MIM O MESMO QUE ATRAVESSAR O TEJO EM VILA FRANCA DE XIRA; CONTINUO EM CASA. SOMOS DOIS (?) POVOS QUE SENTEM DA MESMA MANEIRA, REAGEM DA MESMA MANEIRA, CANTAM E SOFREM DA MESMA MANEIRA. NA GALIZA ESTOU COM A MIÑA XENTE. A LÍNGUA GALEGA É, DE FACTO, A MÃE DA LÍNGUA PORTUGUESA. TALVEZ NÃO TÃO INFLUENCIADA POR ÉTIMOS ARÁBICOS, CERTAMENTE MAIS CERCEADA NO SEU DESENVOLIMENTO, PELA PERSEGUIÇÃO FRANQUISTA E,NA ACTUALIDADE, POR UM CONTRA-VAPOR DAS AUTORIDADES DO PODER CENTRAL DE ESPANHA (CASTELA). CONTUDO, O GALEGO E O PORTUGUÊS SÃO IRMÃOS SIAMESES, PELO MENOS. LUSOFONIA É UM TERMO QUE SE ARREIGOU ENTRE OS INTELECTUAIS PORTUGUESES E AS ENTIDADES OFICIAIS. CRIOU RAÍZES QUE DIFICILMENTE SERÃO SER ARRANCADAS. NA VERDADE, O GALEGO É O QUE FALAMOS EM PORTUGAL, ALTERADO NALGUNS VOCÁBULOS, DIFERENTE NALGUMAS FORMAS DE EXPRIMIR SONS. NÃO SOU UM TÉCNICO DE LINGUÍSTICA, MAS PENSO QUE OS GALEGOS A NORTE DO RIO MINHO DEVEM PREOCUPAR-SE MAIS EM FIXAR A ORTOGRAFIA, COM APLICAÇÃO DE LETRAS E/OU SINAIS DIACRÍTCOS QUE MELHOR SATISFAÇAM O SOM DA LÍNGUA, SEM SE PREOCUPAREM EM SEGUIR AS FORMAS DO PORTUGUÊS, NEM (MUITO MENOS) AS DO CASTELHANO. E VIRÁ O TEMPO, ESPERO, EM QUE SE DEFINAM ESTAS LÍNGUAS COMO GALEGAS OU GALAICAS, PORQUE É UM TERMO DESTES QUE AS MELHOR DEFINE COMO IDENTIDADES E "MARCA" DE ORIGEM.
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