sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Mais um atentado sem comentários possíveis!

Arte rupestre destruída em Donim!

Nota da Direcção da Sociedade Martins Sarmento:

Na freguesia de Donim, no concelho de Guimarães, existe um importante núcleo de gravuras rupestres, localizado no fundo do vale que se abre entre o monte da Citânia de Briteiros e o monte de Santa Iria (Póvoa de Lanhoso), tem um incalculável valor histórico, científico e arqueológico. O local foi identificado, a 6 de Novembro de 2006, no jardim de uma pequena moradia daquela Freguesia.


No contexto de elaboração de uma publicação científica, técnicos da Sociedade Martins Sarmento dirigiram-se recentemente ao local para realizarem um conjunto de fotografias das gravuras visíveis nas rochas. Encontraram totalmente destruídos dois painéis de gravuras, e parcialmente destruído um terceiro painel, de maiores dimensões. Este último painel foi afectado pela construção de um muro de cimento, enquanto que os dois primeiros foram destruídos recorrendo ao balde de uma máquina escavadora, sem qualquer motivo que aparentemente pudesse justificar uma destruição por mera ingenuidade. As gravuras mais expressivas, nomeadamente uma notável representação de um zoomorfo (cavalo), foram simplesmente destruídas. Supõe-se, ainda que sem certeza, que parte do painel semi-enterrado sob o relvado do jardim ainda conserve superfícies gravadas, nomeadamente por detrás do muro construído.


O cenário encontrado no local foi verdadeiramente desolador, revelando um acto de destruição gratuita. Muitos dos motivos gravados são associáveis a outros núcleos existentes na zona, dispersos pelas freguesias de Donim, Santo Estêvão e S. Salvador de Briteiros. A figura zoomórfica destruída era, até à data, a única conhecida na região, sendo raras as representações conhecidas de animais, particularmente de cavalos, nas gravuras rupestres em suporte granito.


A Direcção da Sociedade Martins Sarmento condena com veemência este acto de puro vandalismo, que destruiu representações milenares de incalculável valor científico, patrimonial e simbólico. Tendo em conta a gravidade do referido acto, foi o mesmo comunicado à Câmara Municipal de Guimarães e ao Igespar.

Artigo em:
http://pedraformosa.blogspot.com/

5 comentários:

elaneobrigo disse...

nem sei o que diga mas já começa a ser um habito...

hoje em dia não se justifica este tipo de atentado...

existem tecnicos qualificados para estudar, preservar e divulgar o nosso patrimonio a ganhar milhares de euros por ano... e o resultado continua caotico!

Laurus nobilis disse...

Sim, não só são uns selvagens, como ainda por cima são estúpidos!

Fernando MC Barros disse...

Guimarães, CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA...

está tudo dito...

uma vergonha isto acontecer...

Maria disse...

Algo tem que ser feito!!! Não sei bem o quê, mas algo tem que ser feito, isto não pode continuar!...

Helena Teixeira disse...

Nem há palavras...Se tivesse algo parecido no meu jardim ou ao lado,tentava preservar ao máximo e apelar a ajudas para manter vestígios desse valor.
Mas claro que as vezes,é difícil,ninguém quer saber...

Aproveito e deixo um convite: participe na Blogagem de Fevereiro do blogue www.aldeiadaminhavida.blogspot.com. O tema é: “O Carnaval e as suas Tradições”. Basta enviar um texto máximo 25 linhas e 1 foto para aminhaldeia@sapo.pt (+ título e link do respectivo blog) até dia 8 de Fevereiro. Participe. Haverá boa convivência e prémios (veja mais dia 28 no blog da Aldeia)!

Jocas gordas
Lena