«Em plena Guerra Civil de Espanha, Rogelio – um jovem galego de ideais republicanos – e alguns dos seus companheiros de guerrilha entram em Portugal clandestinamente com o propósito de apanhar, na cidade do Porto, um navio que os leve aos Estados Unidos e os liberte para sempre da ameaça do fuzilamento e da prisão.
Porém, no momento em que Rogelio se afasta do grupo para testar a segurança da próxima etapa da viagem, desconhece que virou do avesso o próprio destino: doravante completamente só num país que desconhece, o jovem sofrerá uma experiência próxima da morte que, paradoxalmente, o fará renascer como homem no seio de uma comunidade algo visionária, visitada e admirada por grandes intelectuais – a aldeia de Vilarinho da Furna. Aí encontrará o amor, de muitas maneiras.
Exaustivamente investigado, narrado com mestria e beleza e com uma galeria de personagens admiráveis (entre as quais não podemos deixar de reconhecer, por exemplo, Miguel Torga), Rio Homem cruza duas histórias magistrais – a de um refugiado que perdeu todas as suas referências e a da aldeia comunitária que o acolheu e que hoje jaz submersa na albufeira de uma barragem.»
Porém, no momento em que Rogelio se afasta do grupo para testar a segurança da próxima etapa da viagem, desconhece que virou do avesso o próprio destino: doravante completamente só num país que desconhece, o jovem sofrerá uma experiência próxima da morte que, paradoxalmente, o fará renascer como homem no seio de uma comunidade algo visionária, visitada e admirada por grandes intelectuais – a aldeia de Vilarinho da Furna. Aí encontrará o amor, de muitas maneiras.
Exaustivamente investigado, narrado com mestria e beleza e com uma galeria de personagens admiráveis (entre as quais não podemos deixar de reconhecer, por exemplo, Miguel Torga), Rio Homem cruza duas histórias magistrais – a de um refugiado que perdeu todas as suas referências e a da aldeia comunitária que o acolheu e que hoje jaz submersa na albufeira de uma barragem.»
5 comentários:
Ha tantas historias, tantas lágrimas, tanta door... jamais esqueceremos o que os espanhois fizeram (e seguem a fazer) em Galiza.
Lamentavelmente, na invassão do "Ejercito Nacional Español" em 1936 muitos patriotas galegos foram apanhados pela policia de Salazar após cruzar o Minho ou os montes do Gêres, e entregues aos espanhois para serem fuzilados.
Entrementres os homens e mulheres nortenhas ajudaram a outros muitos galegos, arriscando a sua própria vida, a chegar a Porto para embarcar cara África ou América. Foram heroes, desafiando a Lisboa, cómplice do genocidio hispano em Galiza, que só no 36 levou 10000 vidas galegas.
Oxalá algum dia se reconheça a coragem de milhares de anónimos minhotos e geresianos.
Obrigado irmãos, por nos salvar a vida!
Embora o melhor é falar com os hoje velhotes (na altura apenas crianças), deixo ligação ao trailer de um documentario sobre o acontecido aos nossos avós.
http://www.youtube.com/watch?v=J98ygEb5rs8
Amigo Amil C,
Também muitos Galegos ajudaram os Galegos do Sul a cruzarem suas terras rumo a França.
Desta feita, fugiamos nós de Salazar e de uma possível Morte no ultramar, e iamos a pé passando o rio Minho a "Salto".
Meu pai e seus irmãos ficaram eles mesmo 3 dias na cabana de um pastor, numa serra qualquer, enquanto veio um outro passador Galego leva-los até á fronteira de Françã.
Estranho como o mesmo povo usava as duas metades da sua verdadeira terra para fugir dos opressores das capitais.
Triste sina a nossa.
Não fazia ideia. Lamento a desgraça dos galegos do sul, mas sinto-me feliz que de ver que os do norte responderam como era devido.
Eu próprio, sendo só um miudo, com os meus pães, cruzamos o Minho em 1981, após o golpe de estado do 23F, ate que a situação se arranjou.
Algum dia alguém compilará o acontecido ao redor da nossa "fronteira" interior.
Obrigado.
http://faseberlinense.blogspot.com/2011/02/vilarinho-das-furnas.html
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