domingo, 12 de julho de 2009

Não há paciência!

Estava eu a vasculhar os jornais regionais e eis que me deparo com esta notícia “Nasce Centro de réplicas romanas”

Terras de Bouro prepara-se para ter o primeiro centro de produção de artigos romanos do país. Os primeiros produtos deverão estar à venda até ao final do ano.

A primeira coisa que me ocorreu foi (para não ser mal educado): p*t* que p*riu estes gajos e mais os romanos!

Já não chegava levar com os romanos por tudo e por nada e vêem agora estes fulanos rebentar com a nossa paciência!

Se fosse, somente, um ou outro concelho com estas predisposições para a estirpe romana não havia mal, agora o problema é que é cada vez mais do mesmo!

Não consigo perceber… Como é que se pode idolatrar, cada vez mais, um povo invasor, e ostracizar, por exemplo o nosso rico, grandioso e diversificado legado castrejo.
Simplesmente não há direito!

A meu ver a prioridade é o património castrejo, pelo facto de ser o que mais riscos apresenta e o menos “presente”… e depois sim salvaguardemos o restante património capaz de enriquecer a herança cultural galaica num todo multifacetado!

Será que a nata de pensadores e decisores do norte de Portugal ainda pensam que os povos castrejos eram simplesmente bárbaros, desprovidos de qualquer conhecimento, sem capacidade criativa e por isso inferiores aos romanos e sem interesse?

Bom…meus amigos preparem-se para uma massificação de “reconstituições romanas” assim como aconteceu com as feiras medievais por todo o país!
É um bocado fatalista mas é o que eu prevejo para a próxima década!

Já não chegava as dezenas de gerações anteriores que cresceram a pensar que os nossos antepassados directos e os mais antigos da nossa região foram os romanos!

Sem ter um conhecimento aprofundado na matéria, pergunto-me porque é que não existem iniciativas nas escolas ou nas autarquias e associações culturais para a temática da Cultura Castreja junto das crianças, artistas, artesãos, criadores e público em geral?

Porque as iniciativas, por exemplo, de recriações castrejas em diversos castros que se realizaram até hoje são tudo menos castrejas, mas sim romanas!

Podia-se, por exemplo visitar, os castros, museus, sensibilizar para a simbologia galaica, o que representam, qual a sua força simbólica, qual os seu possível uso nos nossos dias… falar sobre lendas, tradições, estorias e lugarejos!

Ensinar a fazer um triskel, uma suástica um “saoserimão”e coisas do género. Seriam ideias, na minha opinião, muito enriquecedoras para as nossas gentes.

Era uma boa forma de perceberem o quão valioso é ter como ascendente o antigo povo Galaico e seria uma boa forma de manter essa cultura viva!

Lembro-me que aos 10 anos a minha primeira obra em trabalhos manuais foi um pequeno castro com pedras e colmo (que ainda deve existir lá numa qualquer prateleira da escola primária de Aboim da Nóbrega)!

Isso aconteceu porque tive a sorte de os meus pais e professores terem sido suficientemente sensatos em falar-me dos castros dando a referência de que “eram umas casas redondas muito engraçadas onde viveram os antigos”!

Assim de repente veio-me á memoria alguns concelhos digamos de “menor dimensão”, como o caso de Terras de Bouro, que se vêem libertando deste redemoinho romano.
Falo-vos, por exemplo, de Ponte da Barca, este pequeno concelho tem-se vindo a demarcar na defesa do seu legado celta-castrejo através das várias incitativas de sucesso: congresso celta, festival celta, iniciativas etnográficas, nomeadamente, o famoso “enterro do pai velho”.

Outro exemplo é sem dúvida o concelho de Boticas com os seus “colóquios internacionais de guerreiros castrejos”….

Ainda há esperança!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

"Mais um criminoso atentado ao Património da Póvoa de Lanhoso"

E eis que, há pouco mais de duas semanas, o impensável... repetiu-se: uma dessas empresas que infestam os nossos montes com eucaliptos entrou de rompante na chã do monte de Santo Tirso (freguesia de Rendufinho, Concelho da Póvoa de Lanhoso) e, usando do silencio e da aquietação de quem devia estar atento e da força de duas máquinas de terraplanar desmatou, rasgou, esburacou, dando início à plantação de umas centenas de pequenas árvores. Insensível á História, desinteressada daquilo que é o nosso Património, Não se coibiu de, á frente das enormes pás de potentes máquinas de remoção de terras, levar que constituíam paredes do que restava de um castro ainda por estudar.

Alertados pelo signatário, que por sua vez o tinha sido por um caçador que de quando em vez lá subia para ver os coelhos bravos que por ali existiam aos centos, os serviços da Câmara Municipal mandaram parar a obra. Tanto quanto conseguimos apurar, o empresário não possuía licenças para o empreendimento que encetara, embora os terrenos em questão estejam integrados nas chamadas áreas de Reserva Ecológica Nacional.

No momento em que escrevo este apontamento, desconheço se a obra vai parar de vez; se o empresário vai ser obrigado a arrancar (como seria normal que o fizesse, num país a sério...) as centenas de pés de eucalipto que já plantou e cujas raízes, em poucos anos, acabarão com aquilo que, do velho castro, está mais fundo do que as máquinas conseguíram destruir, para já não falar das águas que ali partem parta abastecer casas e fontes publicas nas freguesias de Rendufinho, Geras, e São João de Rei; nem sequer sei se o caso vai ser entregue às autoridades competentes, como devia, quer para o abuso (apetece-me dizer crime!) fosse definitivamente suspenso, quer para que representasse como que um aviso a todos os que, sem "rei nem roque" pensam que tudo lhes é permitido.

Este não é, aliás, caso virgem no concelho. Nas ultimas décadas , muitos tem sido aqueles que, sem terem quem os castigue, destroem o que querem, como querem e quando querem. Edificações megalíticas, castros, construções medievais , tudo tem sido alvo do (des)interesse desenfreado dos que entendem que o Passado é coisa morta, e que o que interessa são os euros proporcionados por uma partida de eucalipto ou a venda de uma parcela de terra, que só tem o valor que lhe pretendem atribuir se tiver bons acessos. E para os construir, rasgam, atulham, destroem.

Os exemplos são tantos que nem vale a pena enumerá los aqui. Só é pena que tudo isto aconteça sob o nariz das autoridades que, quando confrontadas, dão muitas vezes os ombros como se não soubessem o que se passa ou desconhecem a importância patrimonial dos locais que estão a ser vandalizados. Como quem diz que "o que não tem remédio, remediado está", que se o mal está feito já não há forma de voltar atrás.

Um castro incógnito mas identificado!

No caso em análise - o da destruição do castro de Santo Tirso em Rendufinho - e apesar de o mesmo estar identificado numa "Carta Arqueológica da Póvoa de Lanhoso", elaborada em 1991 por Henriques Regalo e Mário Brito (cf. Actas das IV Jornadas Arqueológicas, Lisboa 1990), Associação dos Arqueólogos Portugueses, (Lisboa, 1991), a verdade é que, oficialmente, para o município povoense, Castro ão existe! Desconheceria quem elaborou o Plano Directório Municipal esta "Carta Arqueológica", ou quem se dedicou a tal trabalho (trabalho bem pago, obviamente), preferiu fazer de conta que desconhecia? E se desconhecia, que competência se pode reconhecer a um PDM que tem, lapsos destes calibre? E mais: quantos locais haverá ainda no concelho, nas mesmas condições e sujeitos à "ignorância" e às "vontades" de quem tem mais amor aos euros do que à História?

Apetece-me aqui transcrever uma frase de um texto das arqueólogas Ana Maria Bettencourt e Isabel Silva ("O Património Pré-Histórico da Póvoa de Lanhoso. Que Valorização?", in Cadernos do Noroeste, série História 2, nº 20, Braga, ICSUM,s/dp.633): "Durante décadas", escrevem as arqueólogas, "a sociedade moderna orientou-se , essencialmente, para a valorização do 'futuro' , que encarava como 'evolução' e 'progresso', de acordo com uma lógica capitalista predominante (...). É neste contexto que se deixou destruir, sem preocupação de se efectuar qualquer registo científico, grande número de vestígios arqueológicos existentes por todo o país". E, agora, perguntamos nós: e nos dias que correm, será que as coisas mudaram? Não! continua tudo como dantes, pois evolução e progresso, para muitos, se não para a maioria, continua a ser fechar os olhos a tudo o que não sejam os seus próprios interesses financeiros.

Desconhece-se, ainda, como irá evoluir este processo. Sei que há pelo menos uma junta de freguesia (Gerás do Minho), que está a pensar accionar judicialmente a empresa por, alegadamente, esta ter invadidos terrenos que não lhes pertencem. Não sei o que farão em defesa de um bem maior e insubstituível a Junta de Rendufinho e a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. Mas que este caso devia ser denunciado ao ministério público para servir, de uma vez por todas e para que fique na memória de quem pensa poder fazer o mesmo no futuro e em locais idênticos, de lição, não tenho dúvidas.

De outra forma o património das terras de Lanhoso (e de muitas outras terras por este país abaixo) continuará a ser alvo da esperteza saloia de quem o quiser destruir. Sem ter de prestar contas.

Por José Abilio Coelho
In Diário do Minho, 6 de Julho 2009

domingo, 28 de junho de 2009

Torre de Hercules!

Ontem se fez história na comunidade galaica. Torre de Hércules na Corunha – Galiza classificada como Património da Humanidade.

Foi considerada como uma “obra excepcional” pelo comité, afinal trata-se nada mais, nada menos que o mais antigo farol no activo em todo o mundo.


Atribui-se a sua construção aos romanos, embora haja autores que apontam para o facto de já haver no mesmo local um farol antes da chegada dos romanos ao norte da Galiza.

Na base da torre está a inscrição MARTI AUG.SACR C.SEVIVUS LUPUS ARCHTECTUS AEMINIENSIS LVSITANVS.EX.VO. que indica como arquitecto um tal de Gaio Sévio Lupo, natural de Aeminia (actual Coimbra) que a construiu em comprimento de uma promessa a Marte deus da guerra.


No entanto existem várias lendas sobre a sua possível origem. Uma delas conta que Hécules chegou de barco às costas da Gallaecia e no lugar que se encontra hoje a torre enterrou a cabeça do gigante Gerión, depois de o vencer em combate.

Gerión, rei de Brigantium (actual Corunha), era um tirano que espalhava o terror com sua governação. Um dia decidiu-se pedir ajuda a Hécules. Este derrotou o rei e fez levantar a Torre de Hércules!


Outra lenda muito difundida é a lenda de origem irlandesa constante no famoso Livro das Invasões da Irlanda que aponta Breogam, líder do mítico Povo Milesiano que colonizou a Irlanda, como o construtor da torre de um alta torre. E que de acordo com a mesma lenda, Ith, filho de Breogam, teria avistado a Irlanda pela primeira vez do alto da mítica Torre de Breogam. Para compreender melhor consultem um antigo post de ogalaico.

No entanto o nome oficial deste magnífico monumento está relacionado com o deus e herói da antiguidade – Hércules.

Carlos Brochados de Almeida diz-nos que apesar do diminuto número de achados arqueológicos, o culto a Hércules é uma realidade no Noroeste Peninsular.

Para além do farol romano da Torre de Hércules existe ainda a referencia a este herói num Ara Votiva encontrada no Castelo de Lindoso, mas provavelmente originária da povoação castreja romanizada de Cidadelhe, onde consta a seguinte inscrição: HERCVLE com nexos em HE e VE, não se conseguindo detectar mais texto devido ao desgaste da pedra.

Existe também uma outra ara originária de Guimarães e uma estatueta em bronze encontrada em Santa Tegra, representando o herói, barbado e nu, com diadema na cabeça e na mão esquerda os três pomos de ouro da lenda das Hespérides.

Fora das zonas castrejas, as inscrições dedicadas a Hércules são mais de duas dezenas, concentradas na Lusitânia e na Bética.

Tal como Marte, muito venerado entre os povos do Norte, também Hércules é uma divindade ligada à causa bélica. Mas no geral o culto a Hércules difundido entre os romanos e pelos romanos está intimamente ligado a duas funções: a guerreira e a protectora. Funções essas intimamente ligadas com a própria Torre de Hércules.


As razões para o fácil acolhimento do culto a Marte e Hércules entre os povos castrejos do Noroeste Peninsular, explica-se pelo facto de o pugilato, a corrida, a escaramuça e o combate serem qualidade que determinavam o valor pessoal de um Galaico, qualidades aliás comum às demais sociedades indo-europeias.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Santa Catarina! Protectora de Guimarães!

Guimarães é mais que uma cidade icónica para os Portugueses. E também um local chave da história Galaica. Isso é, de uma forma positiva para uns e negativa para outros. No entanto, ninguém fica indiferente a marca Vimaranense.

Este Post não visa no entanto falar da cidade em si nem tão pouco dos acontecimentos históricos de que ela resulta. Este Post, fala de mais uma celebração do solstício de verão e das origens de um culto ancestral que remonta, com sempre, ao tempo da Cultura Castreja.


A Montanha da Penha, ex monte de Santa Catarina, foi um dos inúmeros locais que os Galaicos escolheram para estabelecer os seus Castros. Muitos foram os artefactos aí encontrados e exibidos na sociedade Martins Sarmento. Alguns destes são até bem anteriores a idade do ferro o que demonstra que a ocupação deste sítio foi permanente e, consequentemente, o nascimento do povoado vimaranense descende de certa forma destas mesmas origens.

O culto da montanha processa-se assim como tantos outros no Noroeste Ibérico. A ocupação inicial, interrompida a partir da romanização, não fez com que as crenças aí desenvolvidas durante milhares de anos cessassem de um dia para o outro. Estas foram mitificadas, cristianizadas e, hoje em dia, comercializadas. Invariavelmente, os santuários que se situam nos altos dos montes continuam a serem emblemas da nossa cultura e locais de atracção especiais onde o religioso, profano, e pagão se mistura com a paisagem, fragas, e antigas florestas.


O Monte que hoje se chama Penha, é na verdade o monte de Santa Catarina. Esta, a padroeira dos caçadores, teve a honra de sacralizar esta serra onde, há séculos atrás, apenas os caçadores se arriscavam. Foram estes mesmos caçadores que encontraram o célebre ermitão Guilherme Merino que tinha escolhido uma das numerosas cavernas naturais como exílio. Assim, a Irmandade de Nossa Senhora do Carmo da Penha continua a organizar em sua honra, e dedicada aos caçadores da região, as festividades que viram a luz do dia em 1931. O dia de 21 de Junho, equinócio de Verão, não foi escolhido por acaso. O fundo de todas as celebrações deste mês é sempre o mesmo.


Segundo Elisabete Pinto e Paulo Barroso na obra "Penha Retrospectiva Iconográfica e Sacralização da Montanha (Guimarães, 2005)", Santa Catarina aparece como tendo forte papel no folclore local. Para os Vimaranenses, esta incorpora uma forte pastora protectora dos povoados da serra. A devoção, sendo tal, deu na lenda de Santa Catarina. citando o Diário do Minho sobre este assunto:

"Ao pastorear numerosos rebanhos, Santa Catarina reclinava-se, de dia, á sombra dos penedos graníticos e deitava-se, de noite, sobre os mesmos vigilantes dos povos Cristãos contra as frequentes investidas mouras. Numa noite, viu do cimo da serra muitas luzes de um suposto exercito, iluminados por fachos ardentes , que se dirigia para Guimarães. Santa Catarina terá amarrado velas acesas em cada cabeça do seu rebanho , duplicando o numero dos fachos dos mouros, e as terá encaminhado com o seu bordão de forma a descerem a Montanha da Penha, em direcção dos mouros pondo-os em retirada."

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Corrida do Porco Preto

A festa de S. João Batista coincide com o solstício do estio, fenómeno astronómico dos mais dominantes nos antigos cultos siderais e ainda hoje solenizado por todos os povos indo-europeus.

As homenagens ao Sol vitorioso e ao Sol fecundador, todas as superstições ligadas à grande festa astrolátrica, foram das mais persistentes através das modernas religiões; debalde se tentou extirpar do cristianismo certos detritos míticos; (…)

Debalde. A grande festa ao Sol triunfante e fálico subsistiu e com ela os resíduos dos cultos do fogo e das pedras, das plantas e das águas.

A expressão que toma este episódio do politeísmo solar é a dum combate entre o verão e o Inverno, triunfando aquele do segundo. De entre os vestígios que ainda restam ou que se conheciam há poucos anos, temos (…) Em Chaves havia a Congregação da nobre cavalaria de S. João Baptista, composta de cavaleiros e pessoas de qualidade, as quais, depois de ouvirem uma missa no dia do santo, faziam dentro da vila jogos de cana, corridas e escaramuças; deste costume contam que só restam hoje as cantigas e o jogo do pilha-três.

A Corrida do porco preto em Braga, costume extinto há bastantes anos, é outro vestígio das velhas festas gentílicas, como dizia Fr. Bernardo de Brito. É dele esta descrição, já várias vezes transcrita: «…e quero advertir de caminho um antigo costume, que dura em nossos tempos na cidade de Braga, conservado ao qeu se pode crer desde esses antigos: - ou em memória do que sucedeu no martírio dos Santos; ou por guardar aquele modo de festa, ainda que gentílica, todavia convertida em melhor uso. E é que em véspera de S. João Baptista se põe a cavalo a gente principal da cidade; e passando o rio, este junto ao qual foi o martírio dos Santos e se faziam os jogos e sacrifícios de Ceres e Silvano, fingem que emprazam um porco; - e gastada a tarde em festas, vão no dia do santo pela manhã fazer nova montaria com um porco negro, que lhe lá tem aparelhado: - e soltando lhe seguem o alcance ao som de cornetas e vozes, que representam uma verdadeira montaria, e o vem seguindo contra a cidade todo o tropel de gente: - e se ao passar o rio se lança ao vau, e passa pela água, o dão aos moradores das azenhas que há na mesma ribeira: - e tornando à ponte fica da gente da cidade».

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Peixoto, Rocha «Etnografia Portuguesa», 1995 Publicações Dom Quixote, p.57-64,

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Braga e Santiago de Compostela Cooperam!

Duas das cidades mais importantes da Galiza histórica cooperam juntas na promoção da cultura popular Galaica.

Tantas vezes irmãs e inimigas nos seus destinos, estes dois pilares capitais da nossa identidade dão assim seguimento aos inúmeros esforços desenvolvidos pelas autoridades de ambas as margens.

Citando o Canal Informativo da Câmara Municipal Bracarense de 12 de Junho 2009:


"A Câmara Municipal de Braga, através do Pelouro das Actividades Económicas e Turismo, subscreveu esta sexta-feira (12 de Junho), em Santiago de Compostela, um protocolo de intenções para a colaboração com a “Concelleria de Promoción Económica, Emprego e Turismo” daquele município galego.

Iniciar uma relação de cooperação técnica e intercâmbio de boas práticas, com o objectivo de promover novos projectos no âmbito da promoção económica, emprego, comércio e turismo é o principal desiderato deste convénio.

Rubricado por Ana Paula Morais, Vereadora das Actividades Económicas e Turismo na Câmara Municipal de Braga, e por Xosé Manuel Iglesias Iglesias, seu homólogo na “Concellaria de Promoción Económica e Turismo”, o protocolo compromete os parceiros a «colaborar e cooperar com a intenção de conseguir que os seus munícipes obtenham ainda mais bem-estar social», o que deverá ser conseguido «mediante acções solidárias de intercâmbio de experiências, visitas e colaboração científica e técnica».

A circunstância foi igualmente aproveitada por Ana Paula Morais para relevar alguns momentos de maior atractividade turística em Braga, designadamente as Festas da Cidade, que veneram, a partir deste domingo, (14) o popular São João.


Aliás, foi nesse contexto que a Vereadora se fez acompanhar pelo Presidente da Associação de Festas de São João, que, em conferência de imprensa, relevou as características que identificam como «único» o «São João de Braga».


Aproveitando a significativa presença da Comunicação Social galega e bracarense, Vítor Sousa sublinhou «o potencial turístico que as Festas da Cidade carregam», o que justifica, desde logo, «uma escapadinha» até à Capital do Minho.


Porque «Braga é uma cidade que gosta de receber» e pelas históricas relações que unem Santiago de Compostela à sede de Província Eclesiástica que é Braga, Vítor Sousa convidou os galegos a aproveitar já os restantes dias deste mês para vir conhecer melhor a cidade.

De entre muitos outros motivos, Ana Paula Morais enfatizou a gastronomia bracarense, designadamente aquela que é característica desta época festiva, como atractivo bastante para uma visita.

Xosé Manuel Iglesias Iglesias aproveitou, por seu turno, para adiantar que a promoção do “Jacobeu 2010”, Ano Santo em Santiago de Compostela, vai, forçosamente, passar por Braga."