Com a chegada do mês de Junho começam os Santos Populares.
Estas celebrações que, no fundo, são todas originárias da mesma festividade equinocial, testemunham de forma vivida (mas inconsciente para a maioria) os mais antigos rituais pré-cristãos. Venha assim Santo António, São João e São Pedro e que, por mais uma vez, o povo cumpra a tradição.
Assim, a Vaca das Cordas surge igualmente nesta atura, a 1o de Junho. Coincidência ou não, por volta da primeira lua cheia do mês. As suas raízes pagãs estão bem documentadas e não se escondem em nenhum momento da celebração:
"A mais antiga referência que se conhece desta tradição remonta a 1646, em que um código de posturas abrigava os moleiros do concelho (ministros de função), a conduzir, presa por cordas, uma vaca brava, sob condenação de 200 reis pagos na cadeia.
Estas celebrações que, no fundo, são todas originárias da mesma festividade equinocial, testemunham de forma vivida (mas inconsciente para a maioria) os mais antigos rituais pré-cristãos. Venha assim Santo António, São João e São Pedro e que, por mais uma vez, o povo cumpra a tradição.
Assim, a Vaca das Cordas surge igualmente nesta atura, a 1o de Junho. Coincidência ou não, por volta da primeira lua cheia do mês. As suas raízes pagãs estão bem documentadas e não se escondem em nenhum momento da celebração:
"A mais antiga referência que se conhece desta tradição remonta a 1646, em que um código de posturas abrigava os moleiros do concelho (ministros de função), a conduzir, presa por cordas, uma vaca brava, sob condenação de 200 reis pagos na cadeia.
Mais tarde, segundo o Código de Posturas de 1720, a pena agravava-se para 480 réis.
Diz a lenda que a Igreja Matriz, da primitiva vila, era um tempo pagão dedicado a uma deusa, simbolizada por uma vaca.
Mais tarde, este tempo foi transformado em igreja pelos cristãos que retiraram do seu nicho a imagem da "deusa vaca" e com ela deram três voltas à igreja, após o que a arrastaram pelas ruas da vila, para alegria de todos os habitantes.
Mais tarde, este tempo foi transformado em igreja pelos cristãos que retiraram do seu nicho a imagem da "deusa vaca" e com ela deram três voltas à igreja, após o que a arrastaram pelas ruas da vila, para alegria de todos os habitantes.
Daí virá o costume da "Vaca das Cordas", um ritual que foi interrompido em 1881 pela vereação, tendo reaparecido por volta de 1922/23, não mais deixando de se realizar.
Vaca das Cordas por Goya - 1793
Hoje em dia, esta festividade singular é assistida por milhares de pessoas da região e de todo o Norte do país. Por entre petiscadas, malgas de vinho e cantares ao som da concertina, brinca-se com a vaca numa tarde de festa que se aconselha a toda a gente.
Recomenda-se apenas um bom par de sapatilhas, boa disposição e apetite. Assim sendo, façam rumo às margens do rio Lethes preparando-vos para lá ficarem até altas horas da madrugada!
Até quarta!
1 comentário:
uma baca que na realidade é boi
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