sábado, 13 de junho de 2009

A Gallaecia tem mais 3 cidades e 9 Vilas

A Assembleia da República portuguesa aprovou hoje por unanimidade a elevação de 22 povoações a vilas e a criação de cinco cidades, numa votação que foi seguida por várias dezenas de populares, a partir das galerias do Parlamento.

Nas galerias do Parlamento, todos os lugares estavam ocupados por dezenas cidadãos de diversas localidades que assistiam com ansiedade à votação, mas sem se manifestarem, para além de alguns braços no ar e polegares levantados em gesto de vitória.

Foram elevadas a cidade as localidades de Valença (Viana do Castelo), Senhora da Hora (Matosinhos), S. Pedro do Sul (sede do concelho).

À categoria de vilas passaram as localidades de Castro Laboreiro (Melgaço) e Soajo (Arcos de Valdevez), ambas no distrito de Viana do Castelo, Arões de S. Romão (Fafe), no distrito de Braga, Lordelo, distrito de Vila Real, e Ancede (Baião), Guifões (Matosinhos), Vilarinho (Santo Tirso), Senhora Aparecida (Lousada) e Madalena (Vila Nova de Gaia), todas no distrito do Porto.
O grande abandono das aldeias por toda a região, uma parte em direcção aos grandes centros e outra parte rumo a outros países do mundo, não demoveu a capacidade ancestral desta região se afirmar e renovar a nível demográfico.

Quero aqui realçar no entanto, o facto de algumas destas mutações territoriais estarem intimamente ligada à forte expeculação imobiliária que paira junto dos grandes centro populacionais. Tudo isto numa tentativa forçada de tornar uma região marcadamente rural em urbana, muitas das vezes desrespeitando o conceito de sustentabilidade durante anos!

E fico a pensar se isto é realmente um mal menor para a melhoria da qualidade de vida das populações!

Contudo, quero acreditar que algumas destas novas elevações tem no seu âmago o objectivo de evitar o abandono do interior e torna-se um atractivo a nível económico-social, particularmente, atractivo turístico para determinadas zonas como Soajo, Castro Laboreiro e São Pedro do Sul.

Basicamente 50% dos upgrades aprovados situam-se a norte do Douro. E, o curioso é que isto acontece numa panorama de governo centralista, agora imaginem em contexto de regionalização!?
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6 comentários:

O Galaico disse...

O mais importante deste facto é a o aumento de fundos que todas estas vilas e cidades vão ter para melhor planear o seu desenvolvimento.

Por experiência sei que a centralização e o favorecimento da sede principal não é exclusiva a Lisboa para com o resto do país (especialmente o Norte por os deputados não virem cá passar férias. As águas são muito frias, o vento bravo e os caminhos muito ruis para caminhar. "E muito a pique". Enfim, condições horríveis para desenvolver a preguiça.) mas também a novel concelhio e, até, em freguesias.

Os pólos em crescimento que não tenham autoridade para se impor são frequentemente mutilados e/ou esquecidos por não se conseguirem ver dos escritórios dos presidentes.

Exemplos disso são Braga e Guimarães onde as Vilas ao redor que não são concelho estão a se dizimadas por um urbanismo mórbido e o seu património aniquilado (ex. 7 fontes em Braga).

Assim, pelo menos, as gentes destas localidades tem mais capacidade de reivindicação.

Por outro lado e, tristemente, o aumento destes centros significa a aceleração da morte das nossas aldeias típicas.

Mais cedo ou mais tarde, essas provas pétreas do nosso modo de vida original estará apenas visível num museu, soterrada por vivendas e châlets exóticos de imigrantes ou transformados em pólos de turismo. Estes últimos, apesar de serem uma solução mais humana, perde no entanto em substância pois estes vilares só fazem sentido se quem lá vive lhe dá o uso antigo...

Pode ser no entanto que nas próximas décadas, uma mudança eventual do modo de vida influenciada pelos "DOWNGRADERS" e consciências ecológicas, permita uma ocupação mais filedigna destes espaços...

O futuro dirá..

Anónimo disse...

VIVA SOAJO!

Vila a Seculos, sede de Montaria Real e de Concelho, extinto no Seculo XIX, volta agora a ter reconhecido oficialmene o estatuto de VILA que orgulhosamente sempre envergou.

Anónimo disse...

"O grande abandono das aldeias por toda a região, uma parte em direcção aos grandes centros e outra parte rumo a outros países do mundo, não demoveu a capacidade ancestral desta região se afirmar e renovar a nível demográfico.
"


ha ja muito tempo que nao nos estamos a renovar a nivel demográfico.
Estamos a ser substituidos por povos fora da nossa Gallaecia, desde outros povos europeus e povos nao europeus.

O Galaico disse...

Sr. Anonimo,

Ultimamente toda a Europa ocidental tem sofrido de perda de população.

No caso da Gallaecia poderiamos referir-nos a tempos anteriores a este fenómeno. Tempos onde apesar do repovoamento da reconquista, da expansão marítima e emigração para o estrangeiro e cidades, as terras Galaicas conseguiram suster o decréscimo de população.

Ainda hoje o Norte é a região mais populosa de Portugal isso apesar das centenas de milhares de emigrantes.

Anónimo disse...

A Gallaecia do norte tem exactamente o mesmo problema de perda de populacom.

Observo com uita preocupacom como os projectos de para vertebrar com comboios,auto-estradas e unir cidades como Porto e Vigo, Braga-Ourense vam muito mais despacio do desejavel.

Temos que lutar por isso.

Gallaecia Fvlget.

O Galaico disse...

Sr. Anónimo,

As capitais centrais, discordando dos relatórios da UE, preferem avançar com Madrid Lisboa. DUas regiões que não precisam comunicar pois não partilham um território nem tecido industrial.

Porto Vigo seria a opção lógica mas parece que somos ainda parentes pobres.