segunda-feira, 30 de junho de 2008

O Garrano Galaico!


O Cavalo Garrano é uma raça nativa do Norte de Portugal, sobrevivendo entre os concelhos do Minho e Trás-os-Montes. Devido á sua estatura peculiar, este mais parece um poney.

Tem a sua origem no cavalo ibérico pré-histórico visto que, pinturas rupestres do Paleolítico (de La Pasiega e Altamira) descrevem a morfologia daquele que é considerado o ancestral cavalo Garrano.

Com a excepção dos cavalos trazidos pelos celtas, considera-se que os garranos não sofreram muitos cruzamentos com outras raças.

"O cavalo garrano foi domesticado há vários séculos e estava perfeitamente integrado na vida rural do sistema agrícola de minifúndio no noroeste português. A mecanização da agricultura provocou o desinteresse dos criadores e o retorno dos animais para as zonas de montanha em regime livre."

Ora o facto de andarem livremente pelas montanhas acarretou consequências graves.

Por um lado eram considerados pelos proprietários dos terrenos uma ameaça aos pastos, por outro lado tornaram-se uma presa fácil para os lobos e por último estavam mais expostos a cruzamentos indesejados com outras raças.

Juntando a isto, o factor de isolamento em cadeias montanhosas, começou-se a verificar uma baixa taxa de natalidade e consequentemente uma diminuição da capacidade de sobrevivência da espécie.

A criação do Parque Nacional Peneda Geres veio assegurar a sua protecção e sobrevivência, sendo este um dos poucos locais onde se pode observar alguns exemplares em manada.

De acordo com o Registo Zootécnico da raça iniciada em 1994, em Portugal existirão cerca de duas mil cabeças - 1500 adultos e 500 poldros, e devido a tão poucos exemplares, a raça está classificada como ameaçada pela união europeia.

3 comentários:

O Galaico disse...

Sem dúvida um emblemático icone do Norte de Portugal! Bem mais atractivo que o Galo de Barcelos..

De lamentar as notícias do abate a tiro em Parada do Monte (Famosíssima terra do Sesteira) de cerca de 10 animais em fins de Maio e de mais 5 em Monção durante o ainda corrente mÊs de Junho.

Conflitos entre os agricultores que tem as colheitas destruidas e os incógnitos donos dos cavalos qeu só se lembram deles quando podem lucrar algo..

Aliás, deveria ser proíbido ser-se dono dos cavalos uma vez que vivem em regime selvagem e por isso subsistem das serras de todos nós.

Cerquido disse...

Agora matam-nos. Mais valia ser como antigamente, que desapareciam mesteriosamente! Foi esse o destino dos "meus"!...

Anónimo disse...

abençoado bixo que à milenios povoas as nossas serranias e nos tens acompanhado a nós, castrexos, nas vicicitudes dos tempos....e agora querem-te matar...malditos