Estava certo dia a repousar debaixo de uma cerejeira, árvore que me cativa particularmente, quando dei pela existência de grandes quantidades de resina a pender do seu tronco.
Com grande curiosidade, fiquei a maravilhar-me com esse processo natural. Não resiti ao seu brilho e arraquei uma bola já meio solidificada!
Falei com os meus avós sobre isso, e conversa pucha conversa, foi-me dito que essa resina era usada para selar (fechar) as carta de amor que se escreviam na altura dos meus avós e bisavós!
Disseram-me também que muitas dessa cartas eram escritas com sumo de limão, e só era possivel dessifra-las contra a luz da fogueira!
E para além disso, foi-me dito que havia quem fizesse - principalmente os mais novos - brincos, colares, aneis e outras bijoterias com as resinas das cerejeiras solidificadas.
Ao pesquisar sobre o assunto, descobrir que:
"Desde a pré-história, as regiões banhadas pelo Mar Báltico são a principal fonte de âmbar. Acredita-se que o material foi utilizado desde a Idade da Pedra. Foram encontrados também objetos de origem báltica nos túmulos egípcios datando 3200 a. C. Outra pista importante foram objetos encontrados na Escandinávia que eram utilizados por vikings dos anos 800 até 1000 d. C." (Wikipédia)
Ora sendo a resina a matéria que dá origem ao âmbar, e tendo aquela resina de cerejeira uma cor tão apelativa, pergunto-me se os nossos antepassados galaicos não se fascinariam com tal maravilha e não seriam eles capazes de fazer uso dessas matérias para os seus adornos?
2 comentários:
Faziam uso sim senhor.
Muitas das contas encontradas nas ruínas castrejas eram feitas de Ambar.
O Ambar tem ainda a particularidade de elevar-se quando exposto ao sol.
Assim voou a passorla.
Sem dúvida um elemento especial.
fico contente por saber.
segundo a crença popular documentada por Leite de Vasconcellos, os gão de âmbar livravam da cegueira!
o âmbar era usado pelos povos pré-históricos para confecção de artefactos de adorno e de caracter religioso!
Os artefactos de âmbar dcoumentados encontram-se especilamente a sul de Portugal!
http://www.csarmento.uminho.pt/docs/ndat/rg/RG076_04.pdf
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