Contam-se muitas coisas sobre corvos brancos, dizem algumas pessoas que eles existem mas que são raríssimos. Diz-se que são tão raros como santos na terra!
Uma mulher que anda-se indisposta (menstruação) era proibida a desempenhar determinadas tarefas. Não podia amassar o pão pois não levedaria; não pode lavar o cabelo; não pode ir ao cemitério; e tinha que evitar contacto com os sardões e cobras para não atrair o seu apetite!
Se uma criança tivesse muito espaço entre os dois principais dentes da frente, denominado dentes raros, dizia-se que era ou iria ser muito mentiroso!
Para as grávidas saberem qual o sexo do bebe, usava-se colocar duas cadeiras numa divisão da casa. Uma com uma colher em cima outra com um garfo, devidamente tapados com um pano. A grávida depois de entrar na divisão teria que escolher uma cadeira para se sentar. Ao sentar-se na colher significava que era menina, no garfo, menino!
As mães para justificar como sabiam das travessuras, mentiras e asneiras dos filhos diziam: “tenho um dedo mendinho que adivinha”!
Se te varrerem os pés é sinal que não te casarás! Se alguém se senta à mesa mas em esquina, essa pessoa também não se casará!
Fala-se entre homens que nos meses que não têm R, deixa a mulher e vai beber um copo de vinho!
Nas aldeias e feiras do norte manteve-se o uso de contar à dúzia; a unidade de medida no comércio tradicional. Compram-se ovos, sardinhas, pão às dúzias ou meias dúzias.
O número doze está associado aos doze apóstolos, aos meses do ano, às horas do dia e da noite!
Quando alguém morre dentro de água, se for mulher o corpo aparece de barriga para cima, se for homem de barriga par baixo!
Quem mata um gato tem 7 anos de azar. Mas se matarem uma lagartixa diz-se que no dia seguinte choverá!
Na noite de natal dever-se-á colocar um grande cepo ou canhoto (raiz de uma árvore) na fogueira e deixá-lo arder toda a noite para aquecer nossa senhora e o menino Jesus.
Também na noite de natal não se deve levantar a mesa depois de jantar, pois acredita-se que esses restos de comida são para alimentar os anjinhos de natal!
Na Páscoa usa-se limpar as casas para a visita pascal do padre a fim de benzer a habitação. Essas limpezas não tem só a ver só com o brio e a higiene, mas acredita-se que usar uma vassoira por toda a casa afasta diabo que lá estiver abrigado!
Em Maio deve-se pendurar “as maias” nas portas e janelas das casas para não deixar entrar o chamado “burro” ou os demónios. Nas zonas do Minho usa-se colocar a giesta de flor amarela!
Em dia ou noite de trovoada deve-se deitar ao lume um raminho benzido de oliveira, guardado do domingo de ramos, e rezar a Santa Barbara pedindo protecção!
Uma mulher que anda-se indisposta (menstruação) era proibida a desempenhar determinadas tarefas. Não podia amassar o pão pois não levedaria; não pode lavar o cabelo; não pode ir ao cemitério; e tinha que evitar contacto com os sardões e cobras para não atrair o seu apetite!
Se uma criança tivesse muito espaço entre os dois principais dentes da frente, denominado dentes raros, dizia-se que era ou iria ser muito mentiroso!
Para as grávidas saberem qual o sexo do bebe, usava-se colocar duas cadeiras numa divisão da casa. Uma com uma colher em cima outra com um garfo, devidamente tapados com um pano. A grávida depois de entrar na divisão teria que escolher uma cadeira para se sentar. Ao sentar-se na colher significava que era menina, no garfo, menino!
As mães para justificar como sabiam das travessuras, mentiras e asneiras dos filhos diziam: “tenho um dedo mendinho que adivinha”!
Se te varrerem os pés é sinal que não te casarás! Se alguém se senta à mesa mas em esquina, essa pessoa também não se casará!
Fala-se entre homens que nos meses que não têm R, deixa a mulher e vai beber um copo de vinho!
Nas aldeias e feiras do norte manteve-se o uso de contar à dúzia; a unidade de medida no comércio tradicional. Compram-se ovos, sardinhas, pão às dúzias ou meias dúzias.
O número doze está associado aos doze apóstolos, aos meses do ano, às horas do dia e da noite!
Quando alguém morre dentro de água, se for mulher o corpo aparece de barriga para cima, se for homem de barriga par baixo!
Quem mata um gato tem 7 anos de azar. Mas se matarem uma lagartixa diz-se que no dia seguinte choverá!
Na noite de natal dever-se-á colocar um grande cepo ou canhoto (raiz de uma árvore) na fogueira e deixá-lo arder toda a noite para aquecer nossa senhora e o menino Jesus.
Também na noite de natal não se deve levantar a mesa depois de jantar, pois acredita-se que esses restos de comida são para alimentar os anjinhos de natal!
Na Páscoa usa-se limpar as casas para a visita pascal do padre a fim de benzer a habitação. Essas limpezas não tem só a ver só com o brio e a higiene, mas acredita-se que usar uma vassoira por toda a casa afasta diabo que lá estiver abrigado!
Em Maio deve-se pendurar “as maias” nas portas e janelas das casas para não deixar entrar o chamado “burro” ou os demónios. Nas zonas do Minho usa-se colocar a giesta de flor amarela!
Em dia ou noite de trovoada deve-se deitar ao lume um raminho benzido de oliveira, guardado do domingo de ramos, e rezar a Santa Barbara pedindo protecção!
4 comentários:
"Em Maio deve-se pendurar “as maias” nas portas e janelas das casas para não deixar entrar o chamado “burro” ou os demónios. Nas zonas do Minho usa-se colocar a giesta de flor amarela!"
Inventaste? Ouviste isto de quem? De alguém que realmente apanha as Maias? Não posso crer!...
Eu sempre fui ao campo no primeiro de Maio, sempre apanhei as flores das giestas, sempre convivi com pessoas que também as apanhavam e nunca ouvi semelhante disparate!
E, já agora, qual a razão que essas pessoas dizem estar na origem da escolha da flor da giesta? A mais efémera de todas?
Como é que isto foi possível? Perdeu-se mesmo tudo?...
Olha lá, ó Zixsix, a minha avó sempre me mostrou como era efémera a flor da giesta, como eram efémeros os momentos em que os ciclos cósmicos nos permitiam "voltar inteiros".
Colocamos as flores das giestas nas portas no primeiro de Maio, para dizer ao universo que também nós fazemos parte desse momento de regeneração, que começa com as fogueiras da véspera de Maio.
Nunca pretendeu afastar coisa nenhuma, bem pelo contrário...
Num comentário ao meu texto sobre o Primeiro de Maio,
http://peregrinar.blogspot.com/2007/04/antecipando-e-preparando-o-primeiro-de.html
escrevi o seguinte:
"Sabes, a minha avó falava-me com saudade das antigas tradições das fogueiras da véspera de Maio. Tudo isso se perdeu, devido em parte à repressão. No entanto, é ainda frequente no norte de Portugal encontrar as flores de giesta penduradas nas portas das casas e até nos carros, no primeiro de maio... mas, pergunto eu, quantas daquelas pessoas têm verdadeiro conhecimento da tradição que tentam manter, de um modo quase heróico? É isso que doí, sabes?... Tanto que se perdeu... nesse sentido, acredito que há que fazer algo, que necessariamente será um artificialismo, mas não podemos simplesmente ficar quietos e deixar morrer uma das nossas mais antigas tradições. Pelo menos, eu não posso. E acredito que cada um de nós pode fazer a diferença."
Se o que tu dizes é verdade não há qualquer heroismo. Não há nada.
Não posso acreditar que não tenha restado nada. Não posso acreditar que as pessoas sejam todas ignorantes...
São estes os minhotos reais? É esta a Gallaecia de que vocês tanto falam?... :(
Ana!
Tens uma perspectiva pessimista das coisas.
Eu vejo um povo igorante, manipulado pela modernidade e a descrença e com séculos de critianização.
Vejo em Maio Bracarenses, Vimaranenses, Vianenses Limianos e Transmontanos com Giestas nos carros Motas, bicicletas e ombreais das janelas.
Pergunta-lhes porque o fazem...
Eles não sabem porquê ao certo. Dizem que é pata dar sorte ou qualquer outra coisa.
Eu vejo nisso o poder de uma cultura. Uma marca identitária tão grande que numa era de globalização as pessoas continuam a fazer certas coisas sem saber porquê.
Aqui são Giestas, em França é o "Muguet" aquelas flores brancas, pequenas em forma de sinos.
As pessoas não sabem porque o fazem mas FAZEM-NO.
Isso é que conta. Isso é que mostra quem somos.
Aqui em Braga-Guimarães é comum porem giestas e ramos de oliveira no domingo de ramos nos carros para dar sorte.
Antigamente decoravam os espigueiros com isso para dar sorte nas colheitas.
O simbolismo universal esta presenta nas pequenas crenças e não como uma manifestação global.
Acreditar que dá sorte, repetir actos que os teus antepassados fizeram, reconhecer aspectos positivos em certas praticas é uma manifestação de unidade com o universo.
Não é preciso ser consciente para fazer parte da unidade universal.
encontrei esta estória no site da câmara de Vila Verde:
Na noite de 30 de Abril para 1 de Maio o "demónio" anda de porta em porta para descobrir as moças preguiçosas e estas revelam-se por não fazer as lindas coroas de flores para porem às portas ou nas fachadas das suas casas como sinal de "aqui há moça casadoira".
Toda a rapariga deve dizer "não" à visita do demo e automaticamente dá o sinal de que ali há um bom partido para o futuro lar. Se não tem tempo para fazer um maio artístico, um simples ramo de giesta em flor tem o mesmo significado.Durante a noite as raparigas escondem-se atrás das janelas para ver os seus pretendentes.
Os rapazes por sua vez procuram "roubar" o maio àquela que já lhe tocou na alma. Assim, noite fora, uma juventude cheia de alegria e coragem vai procurar o maio da sua amada, o que por vezes não é fácil, pois, de propósito, o maio, é atado com artimanhas ou colocado em lugar de difícil acesso. É neste simples acto que se vê a coragem do seu pretendente.
http://www.cm-vilaverde.pt/verdedigital/educacao/?tag=17&n=58
Maio é tradição que se coloquem à porta de casa as giestas floridas, a que também se dá o nome de maias por florirem em Maio. Pelo menos esta é a tradição que no Minho, ainda que em menos casas, se tem vindo a cumprir. Por crendice ou simplesmente por tradição um pouco por todo o distrito foi possível ver as portas e janelas enfeitadas com os ramalhetes de maias. Diz-se que as origens desta tradição está ligada a ritos de fertilidade, do início da Primavera e do novo ano agrícola mas há também quem diga que afasta o mau-olhado e as bruxas de casa.
No Minho, Douro Litoral e Beira Litoral o ritual passa, como já disse, pela colocação de maias e, às vezes, de outras flores nas janelas, portas e varandas e até nos carros e tractores. Todavia, nas restantes regiões do país este dia é, ou era, celebrado de uma forma algo diferente.
Em Trás-os-Montes, além de se enfeitarem as portas das casas com flores de giestas, as raparigas adornam um menino que dizem representar o “Maio-moço” e passeiam-no pelas ruas com grande ruído alegre, cantando e bailando em volta dele. Na Beira-Alta e na Beira-Baixa (embora nesta apareça excepcionalmente um boneco de palha) são também rapazes ataviados de giestas quem personifica o “Maio”, centralizando o peditório cerimonial em dinheiro ou castanhas.
Na Estremadura, a “Maia” é uma rapariguinha adereçada com flores que percorre as ruas da povoação acompanhada pelas companheiras.
No Alentejo, com particular incidência em Beja, as “Maias” são meninas que vestem de branco e enfeitam com flores, pondo-lhes na cabeça um coroa de mais flores, e sentando-as em cadeiras, à esquina de alguma rua, nalgum largo ou junto à porta de sua casa. Em seu trono enfeitado de rosas se aquietam algumas horas, enquanto companheiras mais crescidas, com pequenas bandejas na mão, pedem a quem passa: “Meu senhor, um tostãozinho para a maia”.
No Algarve, em quase todas as casas é costume arranjar-se um grande boneco de palha de centeio, farelos e trapos, que depois vestem de branco e cercam de flores. É a “maia” colocada à vista de quem passa.
Este hábito de se colocarem \t “_blank” giestas amarelas às portas, varandas, etc. não se perdeu, assim como perdura o costume de se fazerem \t “_blank” bonecos \t “_blank” de palha. No entanto, esta tradição das meninas vestidas de Maia ficou cada vez mais esquecida no tempo não havendo relatos de que se continue a cumprir.
Todavia no 1º de Maio não há só esta tradição ligada aos ramalhetes de maias e aos “maios”, a bonecada satírica, também se verificam práticas de manjares rituais como, por exemplo, o costume de se comerem castanhas com o objectivo de conjurar o “Maio”, o “Burro” ou o “Carrapato”.
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